Uma denúncia recente levantada pelo vereador Lucas Leugi trouxe à tona uma preocupação séria sobre o manejo do Viveiro Municipal de Apucarana. Segundo o parlamentar, a prefeitura estaria realizando repasses irregulares de mudas de café para produtores de outras cidades, sem qualquer formalidade legal.

Enquanto os produtores locais enfrentam o ônus financeiro de adquirir mudas através do viveiro municipal, a prefeitura estaria praticando uma espécie de “cortesia” com produtores de café de municípios do Vale do Ivaí, fornecendo as mudas sem qualquer custo, sem a formalização de convênios aprovados pela Câmara Municipal e sem autorização do Registro Nacional de Sementes e Mudas.

Essa conduta levanta sérias questões éticas e legais. O viveiro municipal, mantido pelos recursos dos cidadãos de Apucarana, deveria primariamente atender às demandas dos produtores locais, especialmente quando estes têm que arcar com custos para adquirir as mudas necessárias para suas atividades agrícolas.

A falta de transparência e de prestação de contas sobre esses repasses gera um ambiente propício para o surgimento de suspeitas de favorecimento e desigualdade de tratamento entre os produtores da região. Além disso, a ausência de regulamentação formal para essas doações contraria os princípios básicos da administração pública.

Diante desses fatos, é urgente que a prefeitura de Apucarana esclareça os critérios e procedimentos adotados para o repasse de mudas de café, garantindo que tais ações estejam de acordo com a legislação vigente e com os interesses da comunidade local. O acompanhamento e fiscalização por parte dos órgãos competentes também se fazem necessários para assegurar a transparência e a legalidade dessas práticas.

A população espera que os responsáveis pela gestão do viveiro municipal ajam com responsabilidade e respeito aos princípios democráticos, garantindo que os recursos públicos sejam utilizados de forma justa e equitativa em benefício de todos os cidadãos de Apucarana.

Siga-nos nas redes sociais:

Compartilhe: