A Polícia Militar confirmou, nesta sexta-feira (12), a morte das quatro pessoas que estavam a bordo do helicóptero encontrado em Paraibuna (SP) após 12 dias de intensas buscas. As vítimas foram identificadas como:

Luciana Marley Rodzewics Santos, 46 anos;
Letícia Ayumi Rodzewics Sawunoto (filha de Luciana), 20 anos;
Raphael Torres (amigo da família), 41 anos;
Cassiano Tete Teodoro (piloto), 44 anos.

A aeronave, um modelo Robinson R44, havia decolado do Aeroporto Campo de Marte, na região norte da cidade de São Paulo, com destino a Ilhabela, onde o grupo passaria a virada do ano. O último contato com a torre de controle foi às 15h10 de domingo, sobrevoando Caraguatatuba.

O desaparecimento foi notificado à Força Aérea Brasileira (FAB) às 22h30 do mesmo dia. As operações de busca se concentraram na região serrana do Litoral Norte de São Paulo, entre Caraguatatuba e Paraibuna, envolvendo tanto a FAB quanto a Polícia Militar de São Paulo, com helicópteros Águia.

A tragédia foi marcada por um alerta da jovem Letícia Ayumi Rodzewics Sawunoto, que enviou mensagens à família alertando sobre as perigosas condições de voo devido à intensa neblina. Em uma das mensagens, Letícia mencionou: “Tá perigoso. Muita neblina, estou voltando.” A família recebeu ainda um vídeo mostrando a densa neblina no momento do desaparecimento.

O piloto, Cassiano Tete Teodoro, relatou dificuldades durante o voo, alertando sobre as más condições climáticas. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que Cassiano teve sua licença cassada em setembro de 2021 por condutas infracionais graves à segurança da aviação civil. Após recurso, ele obteve uma nova licença em outubro de 2023, mas sem autorização para voos comerciais de passageiros.

A família, ativa nas buscas, contratou mateiros e realizou operações independentes com a ajuda de um drone. A confirmação da tragédia trouxe um desfecho doloroso para familiares e amigos, que agora enfrentam o luto e a difícil tarefa de compreender o ocorrido.