A inauguração do hospital municipal no prédio reformado em Apucarana, que gerou grande expectativa entre os moradores, acabou se transformando em decepção nesta sexta-feira (20). Apesar da cerimônia de entrega oficial realizada na noite anterior, o local permaneceu fechado, sem os serviços prometidos para a população. Além disso, surgiram questionamentos sobre a verdadeira titularidade do hospital, com dúvidas sobre se ele pertence à prefeitura ou à empresa baiana que assumiu sua gestão. Tais questões levantam suspeitas sobre o possível descumprimento do contrato firmado, dentre outras irregularidades já denunciado pelo Portal 38 News.
A solenidade de inauguração, que contou com a presença de diversas autoridades, foi amplamente celebrada, sendo anunciada como um marco para a saúde pública de Apucarana. Contudo, na manhã desta sexta-feira, moradores se depararam com as portas trancadas, sem qualquer informação sobre o início das operações.
“Foi uma inauguração de fachada. Mais uma enganação da gestão Júnior da Femac, considerada a pior da história de Apucarana. A gente precisa de atendimento, não de promessas vazias,” criticou uma moradora, visivelmente frustrada.
Até o momento, nem a administração municipal nem a empresa responsável pela gestão do hospital se manifestaram oficialmente sobre o início dos atendimentos, tampouco informaram uma nova data para que a unidade comece a atender a população de forma efetiva.
O Portal 38 News continuará acompanhando o caso, investigando os custos envolvidos na reforma e possíveis irregularidades no projeto.
A falta da presença do prefeito eleito Rodolfo Mota, do deputado estadual Arilson Chiorato, que foi o principal responsável por viabilizar os recursos para a reforma deste hospital, no valor de R$ 5 milhões, e de Beto Preto já era prevista, pois os dois (Beto e Júnior) não se entendem há muito tempo. No entanto, a ausência de outros políticos de peso no cenário estadual e federal também chamou bastante a atenção.
Carta Aberta ao Prefeito Júnior da Femac
O Portal 38 News também recebeu uma Carta Aberta dirigida ao prefeito e à população de Apucarana. No documento, profissionais da saúde expressaram indignação com o atual cenário da saúde municipal:
“O que deveria ser um direito básico assegurado pela Constituição transformou-se, nos últimos quatro anos, em uma saga de dor, espera, falta de dignidade e desesperança.”
Entre os problemas destacados estão:
- Médicos da UPA sem receber há mais de três meses.
- Débitos superiores a R$ 12 milhões com o Hospital da Providência.
- Débitos acima de R$ 1 milhão com o CISVIR.
- Falta de medicamentos essenciais na Farmácia Municipal.
- Ausência de exames simples e complexos.
- Longas filas para consultas com médicos especialistas.
A carta também enfatiza a necessidade de uma gestão mais eficiente dos recursos da saúde e a urgência em resolver os problemas estruturais que afetam diretamente a população. Para muitos moradores e profissionais, a situação é insustentável e exige uma ação imediata do poder público. A esperança é que, com os 11 dias restantes, a atual administração está chegando ao fim, com a expectativa de mudanças significativas sob a nova gestão do prefeito eleito Rodolfo Mota.