A cidade de Apucarana, está no centro de uma polêmica ambiental que desperta preocupação não apenas localmente, mas também em municípios vizinhos, como Maringá. A decisão do prefeito Junior da Femac de construir uma unidade de tanatopraxia ao lado da sede da autarquia funerária de Apucarana, sobre a nascente do rio Pirapó, tem gerado controvérsias e mobilizado ambientalistas.

Seria risível se não fosse trágico! O prefeito de Apucarana, Junior da Femac (MDB), determinou a alteração do uso da antiga sede do IBC que virou por anos a Vara da Justiça do Trabalho por determinação do Serviço de Patrimônio da União até novo acordo com a prefeitura na gestão do ex-prefeito Beto Preto (PSD) para virar a sede administrativa da Autarquia Municipal de Saúde.

A proposta de construir uma unidade de tanatopraxia em uma área tão sensível como a nascente de um rio, que é responsável pelo abastecimento de água de Maringá, levantou sérias preocupações. A falta de consulta aos órgãos do Meio Ambiente e a ausência de autorização da Superintendência do Patrimônio da União (SPU) tornam a situação ainda mais delicada, fato comum nesta administração.

Os ambientalistas de Apucarana e Maringá estão mobilizados e planejam acionar o Ministério Público Federal, o ICMBio e o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) para intervir na situação. Eles consideram essencial que medidas sejam tomadas para proteger o ecossistema local e garantir a preservação da qualidade da água, um recurso vital para a região.

Além dos impactos imediatos na biodiversidade e na qualidade da água, a construção da unidade de tanatopraxia sobre a nascente do rio Pirapó pode gerar consequências a longo prazo para o meio ambiente e para a saúde pública. É fundamental considerar os riscos e buscar alternativas que garantam a proteção do ecossistema e dos recursos naturais da região.

Até o momento, a administração municipal não se pronunciou oficialmente sobre as preocupações levantadas pelos ambientalistas. A falta de transparência e diálogo com a comunidade agrava ainda mais a situação, gerando incertezas e aumentando a tensão em torno do tema.

A polêmica envolvendo a construção da unidade de tanatopraxia sobre a nascente do rio Pirapó em Apucarana reflete a importância de um planejamento urbano e ambiental adequado. É essencial que os interesses da comunidade e a preservação do meio ambiente sejam considerados em todas as decisões relacionadas ao desenvolvimento urbano, garantindo um futuro sustentável para as gerações futuras.

Fonte: Angelo Rigon

Siga-nos nas redes sociais:

Compartilhe: