Imagem por: reprodução/Agência Brasil

O esvaziamento do Al-Shifa foi feita sob a alegação de que o local estava sendo usado como um arsenal de guerra pelo Hamas

A Organização das Nações Unidas (ONU) realizou uma operação Al-Shifa, hospital em Gaza que se tornou o epicentro de intensos conflitos, para retirar 292 pessoas em estado crítico, incluindo 32 bebês prematuros. Entre os pacientes evacuados, estão pessoas com traumas, feridas infectadas e lesões na medula espinhal.

A evacuação do hospital em Gaza foi feita sob a alegação de que o local estava sendo usado como um arsenal de guerra pelo Hamas, o que foi contestado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).A ONU não comunicou para onde enviou os pacientes deslocados. Mas o Ministério da Saúde de Gaza afirmou neste domingo (19) que os bebês irão receber atendimento médico no Egito.

Enquanto isso, Emmanuel Macron, presidente da França, declarou também que o país está disponível para receber e tratar crianças feridas ou doentes de Gaza, caso necessário.

O que está acontecendo no hospital em Gaza
O Al-Shifa se tornou um foco de Israel e enfrenta ordens de evacuação há quatro dias, de acordo com as autoridades palestinas. A OMS fez uma visita ao Al-Shifa após a fuga de centenas de pessoas em resposta ao que o diretor do hospital descreveu como instruções do Exército de Israel para esvaziar as instalações. No entanto, o país liderado por Benjamin Netanyahu negou que obrigou a população a deixar o local. Essa declaração foi contestada pela OMS.

Um episódio crucial ocorreu quando um comboio do Médicos Sem Fronteiras que estava perto do Al-Shifa foi alvo de um ataque, resultando em uma pessoa morta e outra ferida. O Ministério da Saúde do Hamas relatou que, desde o início do conflito, 13 mil pessoas foram mortas na Palestina, incluindo 3,5 mil mulheres e 5,5 mil crianças.

O perigo para a vida dos bebês persiste há mais de uma semana desde que as tropas israelenses cercaram o hospital. Nove dos bebês que estavam no centro perderam a vida pela falta de oxigênio e energia nas incubadoras, conforme informado pelo Ministério da Saúde de Gaza.

Estado atual do Al-Shifa e os pacientes restantes
Neste momento, 291 pacientes que não conseguem se locomover e 25 profissionais da saúde continuam no hospital.O Al-Shifa permanece ainda em condições críticas, com a operação comprometida pela escassez de combustível que resulta em uma falta significativa de energia elétrica.

A ONU declarou em nota que “pacientes e a equipe de saúde com quem eles falaram estavam aterrorizados pela segurança e saúde deles e imploraram pela evacuação”.

Um anúncio quanto ao envio de uma equipe para o hospital de Gaza também foi feito pela OMS, que descreveu o local como uma “zona da morte”. A organização também afirmou que está desenvolvendo planos para retirar as demais pessoas que permaneceram no hospital.

A expectativa é que esses pacientes sejam transferidos para Hospital Europeu de Gaza e o Complexo Nasser, que ficam no sul da região, mas ambos também estão trabalhando com a capacidade no limite. Por: Paola Costa* Texto sob supervisão de Lilian Coelho site: terra.com.br

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