Eles estão dentro da estratégia de entregar 35 empreendimentos, somando 1.400 unidades habitacionais, até o final de 2026. O investimento total será de aproximadamente R$ 244 milhões, com recursos do Tesouro do Estado e da transformação da Copel em corporação. 

O programa Viver Mais Paraná, que implementa condomínios habitacionais para idosos no Estado, tem oito projetos em construção em Irati, Telêmaco Borba, Cascavel, Ponta Grossa, Francisco Beltrão, Arapongas, Campo Mourão e Guarapuava. O investimento é de R$ 43 milhões. A previsão é de que todos estejam em funcionamento até o começo de 2025.

Eles estão dentro da estratégia de entregar 35 empreendimentos, somando 1.400 unidades habitacionais, até o final de 2026. O investimento total será de aproximadamente R$ 244 milhões, com recursos do Tesouro do Estado e da transformação da Copel em corporação.

Além dos oito em execução, mais nove condomínios estão em fase de licitação (Maringá, Toledo, Loanda, Astorga, Santo Antônio do Sudoeste, Goioerê, São Miguel do Iguaçu, Ivaiporã e Guaíra) e outros quatro foram concluídos (Jaguariaíva, Prudentópolis, Cornélio Procópio e Foz do Iguaçu). Já em fase de projeto, o programa contabiliza outros 14 residenciais: Assis Chateaubriand, Palmas, Colombo, Lapa, Ibiporã, Cianorte, União da Vitória, Londrina, Pato Branco, São Mateus do Sul, Fazenda Rio Grande, Laranjeiras do Sul, Dois Vizinhos e São José dos Pinhais.

Ele foi concebido como uma das ações do Governo do Estado para fazer frente ao desafio da crescente taxa de envelhecimento da população brasileira, diagnosticada no último Censo. Atualmente, 1,9 milhão de pessoas com 60 anos ou mais vivem no Estado, o equivalente a 16% da população, quase o dobro do registrado há 22 anos, quando essa faixa etária representava 8,4% das pessoas residentes nos 399 municípios.

Geridos pela Cohapar, os empreendimentos do programa têm como foco a qualidade de vida dos moradores, por meio do acompanhamento periódico das áreas de saúde e assistência social, estímulo à prática coletiva de atividades físicas, culturais e de lazer e o convívio social, contribuindo para um envelhecer mais alegre e menos solitário. Ele funciona em sistema de aluguel social de 15% de um salário mínimo nacional ao mês, o que atualmente representa R$ 211,80.

De acordo com o presidente da Cohapar, Jorge Lange, existe uma preocupação em relação à necessidade de atendimento dessa camada da população. “O Viver Mais, até então inédito no Brasil, realiza o sonho da casa própria para as pessoas idosas de baixa renda, as quais já não conseguem mais obter um financiamento a longo prazo devido à idade”, explica.

Ele lembra que, por ser um modelo inovador, o Viver Mais já foi apresentado para a Caixa Econômica Federal e União, bem como para outros órgãos municipais, estaduais e federais e organizações vinculadas à saúde. “Levamos esse trabalho diferenciado ao conhecimento das iniciativas públicas e privadas para que possamos atrair novas fontes de recursos e multiplicar o número de unidades”, complementa.

Ele destaca, ainda, as inovações e aprimoramento feitos pela Companhia nos projetos construtivos, por meio da tecnologia de Modelagem de Informação da Construção (BIM). A ferramenta permite que os processos da construção ocorram de maneira compatibilizada e integrada, possibilitando a resolução de problemas de forma ágil, otimização do tempo de trabalho e obras de maior qualidade.

PROGRAMA – Para que possa ser operacionalizado, o Viver Mais Paraná estabelece alguns critérios condicionantes. Ele pode ser implementado em todos os municípios com população superior a 30 mil habitantes, com as seguintes contrapartidas da prefeitura: doação do terreno, com área mínima de 12.000 metros quadrados e condições topográficas favoráveis; parceria na prestação de serviços de gestão condominial, assistência médica, psicológica e social aos residentes; o acompanhamento em conjunto com a associação de moradores.

Os projetos são destinados a casais ou idosos sozinhos a partir de 60 anos e renda de até seis salários mínimos, com prioridade de atendimento àqueles com menor poder aquisitivo. Todos os condomínios seguem um modelo construtivo similar. São conjuntos compostos por 40 moradias cada, com amplos espaços de uso comum (horta, praças e salões) para atendimentos na área de saúde e assistência social, além de áreas de lazer e convivência.

Benedita Lopes Santos, 68 anos, do Condomínio do Idoso de Jaguariaíva, é uma das pessoas que teve a vida transformada por completo. “Eu morava em um barraco, não tinha água, nem luz. Chovia tudo dentro, precisava por lona na cama e ficar com guarda-chuva, era um desespero. Assim que surgiu essa oportunidade, juntei o que precisava e comecei a correr atrás. E quando me chamaram foi um dos dias mais felizes da minha vida, uma benção. Agora eu moro num palácio”, comemora.

O beneficiário Laurindo Marinho, também de Jaguariaíva, exalta a tranquilidade do espaço e o quanto o ambiente favoreceu a convivência com outros idosos. “Aqui é muito bom, não tem nenhum perigo, nada que tire nosso sossego. E a gente tá sempre se ajudando e dando apoio um pro outro. Só tenho que agradecer ao governo, foi um plano muito bom fazer um lugar assim pra quem precisa”, completa.

 

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