Em nota, Bertoli afirmou que a divulgação da condenação, próxima das eleições, tem o objetivo de prejudicar sua candidatura à reeleição.
“Com essa licença, vou me dedicar exclusivamente à minha campanha. Ao me afastar por 15 dias das minhas funções, que exerço há seis mandatos, reafirmo minha tranquilidade e o meu compromisso com Deus, com minha família, com meus eleitores e com toda a população de Apucarana”, declarou o vereador.
Ele também comunicou que já entrou com recurso buscando a absolvição em segunda instância, processo que foi encaminhado ao Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJ-PR).
No entanto, o afastamento temporário não encerra a polêmica. A ativista Renata Borges protocolou dois pedidos junto à Câmara Municipal: um para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) e outro para o afastamento imediato de Bertoli até que as investigações sobre o caso sejam concluídas.
“Na tarde desta segunda-feira, os vereadores deverão votar tanto o pedido de afastamento quanto a criação de uma comissão de investigação. O vereador Mauro Bertoli solicitou afastamento de seu cargo por 15 dias para se concentrar nas eleições, mas o que realmente está em discussão é garantir que ele não continue exercendo suas funções como parlamentar e muito menos na mesa diretora da Câmara de Apucarana durante o período de investigação, onde ocupa o cargo de segundo secretário, visto que foi condenado pela Justiça de Apucarana a mais de 5 anos de prisão por compartilhar pornografia infantil. Ele não pode simplesmente pedir afastamento; é necessário que seja formalmente afastado. Não podemos permitir que o caso seja empurrado para depois das eleições. A população precisa saber quem apoia um vereador envolvido em algo tão grave. Proteger alguém assim é pior que o próprio autor”, afirmou a ativista Renata Borges.
O caso envolvendo o pedido de afastamento do vereador Mauro Bertoli continua gerando grande repercussão em Apucarana, aumentando a pressão sobre a Câmara de Vereadores para dar uma resposta contundente. Paralelamente, o prefeito Junior da Femac também está no centro de outra polêmica, relacionada ao pedido de asfaltamento, que tem gerado debates e suspeitas de conchavos políticos.
Renata Borges, uma ativista de destaque no cenário local, criticou duramente a situação e exigiu ações concretas por parte da Câmara. Segundo ela, caso o legislativo não leia e delibere sobre o pedido de asfaltamento, envolvendo tanto o vereador quanto o prefeito, ela recorrerá à Justiça. “Se a Câmara não cumprir seu papel, vou entrar na Justiça pedindo o afastamento do prefeito Junior da Femac e do presidente da Câmara de Apucarana, Luciano Molina. Precisamos acabar com esses conchavos políticos”, afirmou Renata.
As fortes declarações da ativista refletem o crescente descontentamento popular, que exige mais transparência e responsabilidade nas decisões políticas da cidade. A Câmara de Apucarana agora se vê pressionada tanto pela opinião pública quanto pela possibilidade de enfrentar ações judiciais, colocando em evidência a necessidade de uma postura firme e clara diante dos escândalos políticos que envolvem a administração local.