Os vereadores aprovaram o projeto pela maioria dos vereadores, com exceção do vereador Lucas Leugi, que votou contra.
Durante uma entrevista exclusiva ao Canal 38, o vereador Lucas Leugi trouxe à tona informações importantes sobre o controverso projeto da administração municipal de Apucarana. O projeto visava, entre outras medidas, a possível terceirização da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), que foi retirada após denúncia do vereador, mas aprovou a terceirização do hospital da cidade, que sequer teve a obra concluída e que o prefeito Sebastião já pretende privatizar.
“Esta é uma questão que merece ser esmiuçada. A primeira perfuração no terreno do chamado Hospital de Apucarana começou errado, feita com uma máquina da Femac, empresa do grupo ligado à família do prefeito. Este fato foi objeto de um termo de ajuste de conduta entre a família do prefeito e o Ministério Público, mas até hoje não foi homologado pelo conselho superior do MP, podendo ainda ensejar uma ação de improbidade”, destacou o vereador.
Leugi também ressaltou que há uma série de irregularidades no projeto, incluindo a falta de diálogo com o Conselho Municipal de Saúde e a ausência do tema no Plano Municipal de Saúde, inclusive no trâmite e votação. Ele levantou preocupações sobre a pressa na aprovação do projeto, sugerindo que isso poderia ser uma estratégia para desviar a atenção em véspera de eleição.
“Esta votação ocorreu mesmo com uma recomendação administrativa do Ministério Público para que fosse suspensa. Há falhas graves no projeto, principalmente em relação à universalidade do atendimento. Os políticos podem não estar mais aqui no ano que vem, mas a cidade continua, e é nossa responsabilidade garantir a qualidade dos serviços de saúde”, enfatizou o vereador.
Leugi também destacou a importância do debate público e da participação do Conselho Municipal na discussão do contrato de concessão de uso de imóvel público para a terceirização da UPA. Ele revelou que o Ministério Público já instaurou um procedimento administrativo para verificar se a matéria foi legalmente aprovada.
“O Executivo tentou atropelar todo o procedimento de autorização para a licitação, mas não pode ultrapassar a lei. O prefeito não pode querer atropelar as coisas, pois isso coloca em xeque a legitimidade do processo”, concluiu Lucas Leugi.
Transparência e Legalidade
Este caso destaca a importância da transparência e do respeito às leis no processo legislativo, especialmente quando se trata de questões que impactam diretamente a vida dos cidadãos, como é o caso da saúde pública. Os vereadores aprovaram o projeto pela maioria dos vereadores, com exceção do vereador Lucas Leugi, que votou contra.
A população de Apucarana aguarda ansiosamente por esclarecimentos e garantias de que seus direitos serão preservados.
O valor gasto na reforma do hospital está acima do valor licitado originalmente e demanda uma fiscalização rigorosa. Desde o início, a obra foi marcada por irregularidades denunciadas pelo vereador Lucas Leugi. Agora, pretende-se privatizar um hospital que sequer foi concluído, utilizando recursos dos contribuintes para beneficiar futuramente alguma empresa. Além disso, essa é uma decisão que deveria ser tomada pelo próximo prefeito, já que a suposta licitação não deve ocorrer até o término do mandato atual, devido às diversas irregularidades apontadas.
Veja entrevista completa: