Na tarde desta segunda-feira (27), o repórter Jonatam Battista, do Canal 38, esteve na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Apucarana para apurar denúncias de moradores sobre a precária situação da saúde pública no município.
A gestão do prefeito Rodolfo Mota, que havia prometido avanços na área, enfrenta severas críticas devido à superlotação e ao fechamento do horário estendido de duas Unidades Básicas de Saúde (UBS), que funcionavam das 17h às 22h, além da interrupção do atendimento nos finais de semana.
Moradores relataram um cenário de caos, com filas intermináveis, crianças e mulheres passando mal e, em alguns casos, desmaiando enquanto aguardavam atendimento. “Cheguei às 9h da manhã e agora já são 14h. Meu filho está muito mal e, até agora, nada foi feito. Vi pessoas desmaiando na fila porque ninguém dá atenção. É desumano”, lamentou um pai, emocionado.
Outro cidadão destacou os prejuízos causados pela demora no atendimento. “Minha esposa chegou às 9h e só foi atendida às 14h. A gente perde tempo de trabalho, perde tudo. Antes, os postos de saúde funcionavam até as 22h, mas agora nem isso. A saúde virou um verdadeiro descaso”, afirmou.
Desde o início da atual gestão, a situação parece ter se agravado. “O prefeito prometeu resolver os problemas da saúde, mas piorou tudo. Ele encerrou o atendimento noturno e nos finais de semana. Parece que só lembram da população na hora do voto, depois é um pé na ….”, criticou outro morador.
A equipe do Canal 38 tentou contato com a Autarquia Municipal de Saúde, mas não obteve resposta. “Estão emendando o feriado de aniversário da cidade de amanhã, mas esquecem que a doença não tem ponto facultativo”, ironizou um dos populares.
O prefeito Rodolfo Mota, que prometeu acabar com as filas nos postos de saúde, tem sido alvo de questionamentos da população sobre suas ações. “Ele prometeu acabar com as filas nas UBSs, mas ninguém imaginou que faria isso simplesmente fechando os postos de saúde”, comentou um morador indignado.
Enquanto não surgem soluções concretas, a superlotação, a falta de profissionais e as longas esperas seguem impactando negativamente a vida de quem depende do sistema público de saúde em Apucarana.