Foi realizado na noite de quinta-feira (15), às 19h30, no Auditório Gralha Azul da Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR), Campus Apucarana (Av. Minas Gerais, 5021), a audiência pública de discussão da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) 2026 de Apucarana.
O evento reuniu autoridades, professores, alunos e representantes de entidades da sociedade civil para debater as prioridades orçamentárias do município para o próximo exercício.
A audiência, promovida em parceria com os cursos de Contabilidade, Economia e Direito da UNESPAR, foi organizada como atividade de extensão universitária, transformando-se em uma verdadeira aula magna aberta à comunidade. A iniciativa teve como objetivo aproximar a sociedade civil das decisões que definirão os rumos financeiros do município.
O vereador Guilherme Livoti, presidente da Comissão de Finanças, Economia e Orçamento da Câmara de Apucarana, destacou a importância do evento e celebrou o marco histórico de participação:
“Foi uma iniciativa inovadora da Câmara de Apucarana, agradeço os colegas por terem apoiado isso, mas foi um trabalho que nós fizemos através da Comissão de Finanças, Economia e Orçamento, que eu sou presidente aqui na Câmara de Apucarana. A participação popular é muito importante e obrigatória durante a discussão e elaboração do orçamento. Até alguns anos atrás, o município sequer fazia as audiências públicas de discussão dentro do Poder Legislativo. Através de uma denúncia que eu fiz como cidadão, a Câmara começou a fazer e agora a gente está fazendo da forma correta, com a participação das pessoas.”
Segundo Livoti, a audiência desta quinta-feira marcou um novo capítulo na história da cidade:
“Tanto que a participação popular nessa audiência pública foi recorde para uma audiência pública de discussão de orçamento dentro da cidade de Apucarana. Em todo o tempo que eu acompanho política, eu nunca vi sequer um terço das pessoas que participaram dessa audiência pública conseguirem participar em outras discussões. Por isso foi tão importante a gente trazer a audiência pública para dentro da universidade, para ouvir os professores, os alunos, a comunidade no geral. Fizemos convite para entidades, associações, então tivemos representantes da FAP, da UTF-PR, da Associação Comercial, do Poder Executivo, do Sivana, da Câmara da Mulher Empreendedora… tivemos esses representantes aqui para ajudar a esclarecer os problemas que temos na nossa cidade, mas principalmente pudemos contar com a participação das pessoas.”
O vereador também lembrou uma conversa recente com o presidente do Tribunal de Contas do Estado do Paraná:
“Semana passada eu ainda conversava com o presidente do Tribunal de Contas, que foi relator da denúncia que eu citei anteriormente, e falei dessa ideia que a gente teve. Até convidei ele para participar da audiência pública, mas infelizmente ele não conseguiu participar nessa ocasião, e ele disse que nunca viu alguma Câmara ter uma iniciativa como essa. Então a Câmara de Apucarana deixa de ser um mau exemplo na questão da participação popular para se tornar um exemplo agora para todo o Paraná e para todo o Brasil.”
Por fim, Guilherme Livoti explicou os próximos passos:
“Nós vamos fazer mais uma audiência pública desse estilo, discussão da Lei de Diretrizes Orçamentárias na Câmara, e daí a gente vai discutir o orçamento de fato entre os vereadores, para propor as emendas, para pegar as sugestões que as pessoas fizeram, as sugestões que os vereadores têm para apresentar as emendas dentro do projeto. E daí, de fato, a gente vai votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias até o fim do mês de junho, que é a nossa obrigação. A gente tem prazo para entregar a lei votada para o Executivo e daí vai para a sanção do Executivo. E aí, no segundo semestre, a gente vota o Plano Plurianual, que vale para os próximos quatro anos no orçamento do município, e a Lei Orçamentária Anual, que de fato vai falar dos números, dos valores que vão para cada área, para cada secretaria na nossa cidade.”
A audiência pública representou um momento de avanço na democracia participativa em Apucarana e reforçou o papel fundamental da população na construção das políticas públicas.