Na manhã deste sábado (7), uma mega simulação de explosão de caldeira movimentou a cidade de Arapongas. A ação foi realizada nas dependências da empresa Moinho Kummel, que cedeu o espaço para a simulação, e contou com a organização do Hospital Honpar.

O objetivo foi preparar as equipes para agir com agilidade e eficiência em casos reais de grandes emergências.

No total, foram simuladas 30 vítimas, com diferentes níveis de gravidade, exigindo o envolvimento e a integração de diversas forças de segurança e resgate. Participaram do exercício a Polícia Civil, Guarda Municipal, Polícia Militar, CCR Paraná Vias, SAMU, Corpo de Bombeiros, Polícia Rodoviária Federal (PRF), Defesa Civil, SIATE, Secretaria de Saúde de Arapongas e de Sabáudia, entre outras instituições.

O subtenente Leal, do Corpo de Bombeiros de Arapongas, destacou a importância da operação conjunta e explicou como foi a atuação dos bombeiros durante a simulação:

“O Corpo de Bombeiros foi acionado aqui pela equipe do HONPAR para participar do simulado. Esse simulado, na realidade, era um teste para a equipe do HONPAR em si, mas foi criado todo um cenário de uma explosão aqui na kummel, nos silos deles aqui, para que trouxesse a ocorrência mais próxima da realidade, para que as equipes lá do HONPAR tivessem essa dificuldade no atendimento às vítimas.

A parte do Corpo de Bombeiros é a de sempre: no caso de catástrofe, os bombeiros vão atender a ocorrência, vão fazer o primeiro papel de combate, de intervenção, de retirada de vítimas, que foi o que foi feito aqui. Passamos essas vítimas para as equipes de atendimento médico, trazendo essas vítimas do local — o que a gente chama no jargão técnico de área quente — para a área morna e, posteriormente, para a área fria, para transporte ao hospital, para que essa equipe do HONPAR pudesse trabalhar esse sistema mais realista.

Então, a parte do Corpo de Bombeiros foi feita com o combate ao incêndio e a retirada das vítimas. É importante salientar que essa junção das equipes nesse tipo de situação, de treinamento, faz com que, em uma emergência real, as equipes já estejam falando a mesma língua. Estão todos sabendo seus papéis dentro de uma ocorrência de verdade. Essa interação é muito interessante”, concluiu o subtenente.

Já o socorrista Rogério Fernandes, do SAMU de Arapongas, ressaltou o quanto a simulação contribui para o aperfeiçoamento das equipes de atendimento pré-hospitalar:

“Essa simulação foi organizada através do Hospital Honpar, que solicitou nosso apoio para que eles pudessem treinar o próprio plano de contingência na recepção de pacientes em situações extremas como essa. Então, dessa forma, nós também — as agências que fazem a parte de resgate e socorro na rua — aproveitamos para apoiá-los nessa ideia e também capacitar e treinar a nossa equipe em situações adversas como essa.

Situações como essa não acontecem todos os dias. São justamente essas ocasiões que precisam ser altamente treinadas para a gente mitigar muitas vezes as falhas que podem acontecer. Porque a hora da falha é aqui, nesse momento. É nessas horas que percebemos onde temos que melhorar, para quando acontecer uma situação real como essa, estarmos prontos.

Aproximadamente, envolvemos aqui quatro equipes reservas do SAMU — é bom salientar que não utilizamos nenhum efetivo que estava de plantão. Foram três equipes do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil de Arapongas, Secretaria de Saúde de Arapongas com a Central de Ambulâncias, a Secretaria de Saúde de Sabáudia também nos deu apoio.

Além da Polícia Civil, Polícia Científica, Polícia Rodoviária Federal, a Militar e a Guarda Municipal. Ou seja, todos os atores de um cenário como esse nós trouxemos para o evento. Foram simuladas vítimas com ferimentos leves, médios, graves e até óbitos. Todo esse cenário nos possibilitou treinar e capacitar aqui dentro dessa empresa”, concluiu Rogério.

A simulação durou toda a manhã e foi considerada um sucesso pelos organizadores. A iniciativa reforça a importância do preparo técnico e da cooperação entre os diversos setores envolvidos em emergências. Com ações como essa, Arapongas se fortalece na resposta rápida e eficaz frente a situações críticas.