A insatisfação entre os servidores públicos de Apucarana atingiu grandes proporções após o cancelamento de férias previamente autorizadas, sob a justificativa da transição de governo. A medida, formalizada por despachos oficiais e mensagens do setor de Recursos Humanos (RH), impacta trabalhadores de diversas áreas, incluindo aqueles que já estavam em período de férias ou com viagens programadas.
Apesar de a decisão ser atribuída à transição administrativa, a responsabilidade ate dia 31/12 é da atual gestão Junior da Femac, que, segundo informações, tem tomado as decisões em conjunto com a nova administração do prefeito eleito Rodolfo Mota. Oxalá que essa situação se limite aos próximos 15 dias, evitando a continuidade de práticas polêmicas, como a prorrogação de mandatos das diretoras de escola por 90 dias.
Decisão formal revolta servidores
Na área da saúde, o cancelamento foi oficializado em um despacho assinado pelo Diretor Presidente da Autarquia Municipal de Saúde (AMS), Emídio Alberto Bachiega, no dia 13 de dezembro. No documento, as férias e licenças agendadas para janeiro de 2025 foram indeferidas com base em três pontos principais:
- Transição de governo: A gestão atual alega que sua competência administrativa termina em 31 de dezembro de 2024.
- Responsabilidade da nova gestão: A partir de 1º de janeiro de 2025, caberá ao prefeito eleito, Rodolfo Mota, autorizar férias, licenças e despesas relacionadas.
- Período limitado: Apenas períodos que terminem dentro do atual mandato poderão ser usufruídos.
Mensagens do RH aumentam indignação
Além do despacho, mensagens enviadas pelo RH causaram ainda mais revolta. Em um dos casos, um servidor recebeu a orientação para reduzir o período de férias para apenas 16 dias, com término em 31 de dezembro.
Outro servidor, que já estava em férias, foi surpreendido com uma ordem de retorno antecipado. “Isso é um desrespeito total!”, declarou, afirmando que buscará a Justiça caso tenha o salário descontado.
Impacto nos planos pessoais e familiares
A decisão afetou servidores que haviam planejado viagens e momentos de descanso com suas famílias. Uma servidora relatou que suas férias de 30 dias foram reduzidas para 20, comprometendo uma viagem programada para Santa Catarina. “Já estou de férias e tenho tudo planejado. Não vou aceitar essa arbitrariedade.”
Acusações de manobra financeira
Os servidores acreditam que a justificativa da transição é uma desculpa para evitar o pagamento de férias. “Isso é combinado com transição, uma manobra para não arcar com os custos. Somos nós que saímos prejudicados após um ano de trabalho árduo”, afirmou um funcionário indignado.
Mobilização e luta por direitos
Diante da situação, os servidores estão se organizando para tomar medidas legais. Grupos de mobilização estão sendo formados para buscar apoio jurídico e pressionar as autoridades. “Estamos nos unindo para garantir que nossos direitos sejam respeitados. Não vamos aceitar esse desrespeito,” declarou uma servidora.
Crise política e desgaste antecipado
Algumas decisões também trouxe críticas à futura gestão do prefeito eleito, Rodolfo Mota, que tem enfrentado desgastes políticos significativos antes mesmo de assumir o cargo, como nunca se visto antes. Maioria dos servidores, que anteriormente votaram nele, agora expressam insatisfação com as medidas anunciadas.
“Na política, promessas são feitas antes das eleições, mas, muitas vezes, as ações tomadas posteriormente seguem outro rumo”, desabafou um servidor. Agora, os trabalhadores afirmam que terão de esperar até a próxima eleição para demonstrar sua insatisfação nas urnas, intensificando o clima de frustração com a gestão em transição.