Em uma descoberta surpreendente, cientistas em Israel conseguiram fazer germinar uma semente de aproximadamente mil anos, desenterrada décadas atrás em uma caverna do deserto da Judeia. A planta, apelidada de “Sheba”, poderia ser a fonte do bálsamo “tsori”, mencionado em textos bíblicos por suas supostas propriedades curativas.
Plantada em 2010, a semente deu origem a uma árvore que agora mede quase três metros e começa a produzir uma resina medicinal. Estudos conduzidos por Sarah Sallon e Elaine Solowey, publicadas na Communications Biology, apontam que a resina de “Sheba” contém compostos com propriedades anti-inflamatórias e anticancerígenas, sugerindo que essa planta milenar era utilizada na antiguidade como um poderoso remédio.
As análises de DNA indicaram que a árvore pertence ao gênero Commiphora, conhecido por originar incenso e mirra. Embora a resina de “Sheba” não tenha aroma, diferentemente das árvores aromáticas bíblicas, ela é rica em triterpenoides, o que reforça a teoria de que possa ser a fonte do tsori mencionado na Bíblia.
Enquanto a pesquisa avança, os cientistas acreditam que “Sheba” pode representar uma linhagem de plantas medicinais extintas da região, contribuindo para elucidar práticas de cura antigas e ressuscitando o mistério do bálsamo da Judeia.