Atual gestão já terceirizou o “Postão” e oferta empregos como se houvesse continuidade administrativa.
Na manhã desta sexta-feira (22), o prefeito eleito de Apucarana, Rodolfo Mota, destacou em entrevista coletiva os desafios de sua administração com a inauguração do novo hospital da cidade. A entrega do prédio, anunciada pela atual gestão de Junior da Femac, levanta questionamentos sobre a sustentabilidade financeira e o planejamento estratégico necessário para sua operação.
Rodolfo sublinhou a importância de garantir recursos antes de abrir o hospital, cuja manutenção pode custar entre R$ 25 e R$ 30 milhões anuais. “Você não pode abrir um hospital e depois fechar. Para abrir, é preciso ter R$ 20 milhões já reservados. Nossa preocupação e desafio serão viabilizar esses recursos e entender de onde eles virão,” afirmou.
Diálogo com a Atual Gestão
O prefeito eleito informou que pretende conversar com Junior da Femac e sua equipe para entender o planejamento existente e definir os próximos passos. “Vou dialogar com o prefeito e sua equipe para compreender o plano traçado para o hospital e alinhar as estratégias, principalmente no aspecto financeiro,” acrescentou.
Prioridades na Saúde
Rodolfo também destacou outras demandas urgentes na saúde pública, como a organização do estoque de medicamentos e das escalas de plantões da UPA e do SAMU. “Essas questões precisam estar ajustadas já em dezembro para que tudo funcione no dia 1º de janeiro,” enfatizou.
O prefeito eleito reafirmou seu compromisso com a sustentabilidade e eficácia da nova unidade hospitalar. “O hospital será caro, mas quando abrir, não poderá fechar. Minha responsabilidade é garantir que isso aconteça.”
Continuidade ou Ruptura?
Enquanto Rodolfo planeja o futuro, a atual gestão de Junior da Femac já terceirizou o “Postão” de forma questionável e, polêmica, tem ofertado empregos para futuros desempregados, sugerindo uma aparente continuidade administrativa. A estratégia gera questionamentos sobre a transição e os desafios a serem enfrentados pela nova administração.
Com as reuniões de transição em andamento, a expectativa é de que sejam esclarecidos os detalhes financeiros e operacionais para a inauguração do hospital, que promete ser um marco na saúde pública de Apucarana.
O deputado Arilson Chiorato destacou-se como o principal colaborador para a reforma e construção do novo hospital, destinando R$ 5 milhões em recursos dele e da deputada Gleisi Hoffmann.