A Câmara de Vereadores de Apucarana realizou, nesta segunda-feira (24), uma sessão extraordinária na sede da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Apucarana (ACIA). O encontro, convocado de forma emergencial, teve como principal pauta a análise de um projeto encaminhado pelo Executivo que prevê aumento de impostos no município, tema que gerou forte resistência do setor produtivo.

Representando o empresariado local, o presidente da ACIA, Elio Pinto, apresentou um posicionamento firme contrário à proposta. Ele destacou que qualquer elevação da carga tributária impacta diretamente as empresas, comprometendo competitividade, geração de empregos e o crescimento econômico da cidade.

Segundo Elio, a entidade defende que o poder público — em todas as esferas — deve estimular o ambiente de negócios, e não dificultá-lo. Para ele, reduzir impostos é o caminho para impulsionar contratações, aumentar vendas e, assim, promover uma arrecadação natural e sustentável.

“A Associação Comercial é contra qualquer aumento de impostos. Prefeitos, vereadores, deputados, senadores e governadores precisam cuidar mais das empresas. Pagando menos impostos, podemos contratar mais funcionários, vender mais e, automaticamente, recolher mais tributos.”

O presidente também detalhou o efeito multiplicador que qualquer reajuste tributário provoca no setor produtivo.

“O impacto será muito alto. Cada 1% de aumento nos impostos obriga o empresário a elevar em cerca de 2,5% o preço de venda. É imposto sobre imposto. Por isso, precisamos ter muito cuidado com qualquer aumento.”

Outro ponto levantado por Elio foi a falta de diálogo prévio entre o Executivo e a entidade empresarial. Segundo ele, nem a ACIA nem os vereadores tiveram acesso antecipado ao projeto.

“Não fomos consultados. Até os vereadores foram pegos de surpresa. Esse pedido de aumento de impostos foi entregue hoje, por volta das 10h, conforme comentou o vereador Guilherme Levoti. Tivemos apenas cinco horas para analisar um projeto tão impactante. É muito pouco tempo para avaliar ou discutir.”

Elio também citou o recente aumento do ICMS promovido pelo governo estadual, destacando que parte dessa arrecadação já retorna automaticamente aos municípios.

“Quando o governador Ratinho aumentou o ICMS, parte desse valor volta para a prefeitura. Esse acréscimo já deveria contemplar o que está sendo pedido agora. Por isso, acreditamos que novos reajustes são desnecessários.”

A ACIA finalizou reafirmando que seguirá acompanhando as discussões e defendendo que decisões com impacto direto no setor produtivo precisam ser debatidas com transparência e diálogo.

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