Chuva Dentro de Sala de Aula em CMEI de Apucarana: Falta de Apoio e Respeito às Crianças Gera Revolta — Presidente da Câmara, Danylo Acioli, cobra ação da prefeitura: “Precisa existir uma lista de prioridades e cuidar das pessoas (nesse caso, nossas crianças e servidoras), mas de verdade, não só no slogan.”

Um vídeo enviado ao Portal 38 News nesta terça-feira (15) expôs uma grave situação no CMEI Jandira Gomes Scarpelini, localizado na Rua Fernando Pereira, no Jardim Ponta Grossa, em Apucarana. As imagens mostram água da chuva caindo dentro da sala de aula, evidenciando o estado precário da estrutura da unidade.

Segundo um grupo de professoras da rede municipal que gravou o vídeo, o problema já foi relatado diversas vezes à administração municipal, mas nenhuma providência foi tomada.

“Já pedimos inúmeras vezes para resolver a situação. A cada chuva forte, o cenário se repete e coloca nossas crianças em risco. Estamos revoltadas com tanto descaso”, desabafou uma das educadoras.

Nas redes sociais, o vídeo foi amplamente compartilhado por professores e apoiadores da causa. Eles relatam que marcaram o prefeito Rodolfo Mota em diversas publicações, mas não obtiveram qualquer retorno efetivo.

Reação Política

O presidente da Câmara de Apucarana, Danylo Acioli, também recebeu o vídeo e comentou em publicação nas redes sociais:

“Precisa existir uma lista de prioridades e cuidar das pessoas (nesse caso, nossas crianças e servidoras), mas de verdade, não só no slogan”, escreveu, numa crítica direta à gestão atual.

Crise na Educação Municipal

O vazamento de chuva é apenas um dos reflexos do que pais e professores chamam de “abandono da educação”. Segundo denúncias, há falta de materiais escolares, ausência de uniformes e tênis para 13 mil crianças, merenda precária e escassez de apoio pedagógico especializado — especialmente para crianças com necessidades especiais.

Atualmente, 762 alunos com TEA e TDAH estão sem professores auxiliares, o que viola a legislação e compromete diretamente o atendimento inclusivo.

Frustração com os 105 Dias de Gestão

As críticas aumentam diante do que a população classifica como uma gestão frustrante nos primeiros 105 dias do prefeito Rodolfo Mota.

Entre os principais alvos de cobrança estão: a crise na saúde pública, a falta de ações efetivas na educação e o alto número de cargos comissionados — cerca de 140 já contratados.

A frustração da população com a nova gestão é evidente. As promessas de “destravar a cidade” e “cuidar das pessoas” ainda não saíram do papel — e os fatos apontam justamente o contrário.