A Prefeitura de Arapongas, por meio da Secretaria de Saúde, realizou na tarde desta quarta-feira (20) a terceira oficina de culinária no Centro de Atenção Psicossocial Infantil (CAPS-I) Walter Buzalaf, desta vez com o tema esfirras.
A atividade contou com a participação de 14 crianças e cinco adolescentes, além de familiares, voluntários e servidores do CAPS-I. A instrutora voluntária foi a cozinheira Maria Birce, conhecida na cidade por seu trabalho em escolas e cantinas. A Diretora Geral da Saúde, Sandra Onofre, e a vice-prefeita Édina Kümmel também prestigiaram a oficina.
Maicon Depieri, coordenador do CAPS-I, destacou a importância dessas atividades lúdicas para o desenvolvimento das crianças e adolescentes atendidos.
“Obrigado sempre por estar acompanhando o nosso trabalho aqui no CAPS. O CAPS Infantil, inaugurado em 13 de dezembro de 2024, tem aí ao longo desses quase nove meses de muito trabalho, com uma equipe multidisciplinar bastante completa. E tanto, além do atendimento médico, que muitas pessoas falam, o que o CAPS faz? Além do atendimento médico, psicológico, fonoaudiológico, serviço social, enfermagem, neuropediatria, psiquiatria, oportunizamos para as nossas crianças e adolescentes atendidos no serviço oficinas, chamadas oficinas de convivência. Recentemente tivemos uma oficina de pipa.
Hoje estamos na nossa terceira oficina de culinária, onde contamos com a ajuda de voluntários. Hoje quem está com a gente pela segunda vez é a Dona Maria Birce. Inclusive, ela fez parte da tua infância, trabalha ali no Bom Jesus, no Mãe do Divino Amor, tem uma cantina e quando falamos do nosso projeto para ela, lá em abril, ela disse: ‘eu quero doar o meu tempo, eu quero doar o que Deus me deu como dom para trabalhar com essas crianças’. Então ela tem vindo aqui com a gente. É uma tarde diferente, como você está podendo observar. Quando as crianças colocam a mão na massa, é um momento terapêutico, é um brincar de uma forma que faça sentido. As crianças vão colocando os ingredientes, participam de todo o processo. Socializamos, reabilitamos. No final do dia, elas comem a esfirra que produziram, levam para casa e ainda levam a receita.
Observamos que, quando a criança sai de casa para uma consulta médica, ela fala: ‘ah, eu vou’, porque brincamos. Agora, além das consultas, elas têm uma tarde diferente, envolvem-se com crianças da sua faixa etária e de outras faixas. É uma atividade com cunho terapêutico. Além da Dona Maria, estão conosco os servidores do CAPS, eu enquanto enfermeiro, psicólogo, fonoaudiólogo. É um brincar acompanhado, que faz sentido. Nessas oficinas conseguimos identificar demandas, trabalhar a ansiedade, lidar com o tempo da massa crescer, o produto final ser assado. E o mais interessante é a socialização. Perguntei para uma criança se já havia feito esfirra. Ela disse: ‘Tio, eu nunca fiz’. Então, sair daqui hoje com essa interação é a possibilidade de colocar em prática, inclusive com pais e responsáveis.”
Maria Birce, voluntária e cozinheira, falou sobre a oficina e sua experiência com as crianças:
“Ah, eu trouxe a esfirrinha de carne, que eu gosto muito de fazer, já faço na minha cantina e as crianças amam. Na outra vez, fiz pãozinho de leite, que também faço para mim e minha família. Faço também pãozinhos de fermentação natural. Amo fazer essas coisas. Faz 22 anos que estou no Bom Jesus, antes era o colégio das irmãs. Eu gosto muito de trabalhar lá, adoro as crianças e os professores. É Deus que me dá essa força, porque já tenho setenta e quatro anos, vou fazer setenta e cinco. Deus me dá força para fazer tudo isso com muito amor, e eu faço com o maior prazer.”
Nathan, um dos participantes da oficina, contou como foi a experiência:
“Fazer essas coisas é muito legal para nós. Tipo, quando queremos fazer um pão, já aprendemos aqui. Aí podemos ir fazendo, aprender a receita, e depois trabalhar com padaria. Vou levar para minha família a receita que aprendi aqui. O que mais gosto de comer é pão, e gosto de fazer pãozinho é legal fazer e comer pão. Pão com maionese é bom também. As atividades do CAPS são muito legais, e eu gosto de vir aqui. Depois é brincadeira, e a gente volta para fazer o pãozinho.”
A vice-prefeita Édina Kümmel também acompanhou a oficina e destacou a importância de proporcionar atividades diferenciadas para as crianças:
“É uma energia muito boa. Nossa, você chega aqui, tem sol, as crianças estão empolgadíssimas. Essas oficinas são muito válidas e importantes. Além de fazerem, hoje eles estão fazendo esfirra, e depois vão sentar e comer o que fizeram. Todos os colaboradores e pais estão participando. É um jeito diferente de sair, além da consulta, e fazer algo bem diferente. É muito bom ver a alegria das crianças. Olhando para elas, essa interação e energia mostram que é bom fazer, e comer é melhor ainda.”
Ao final da atividade, todos puderam degustar as esfirras que prepararam, e cada criança levou uma para casa junto com a receita para reproduzir com a família. A próxima oficina do CAPS-I está prevista para outubro, com o tema cupcakes de chocolate, em celebração ao mês da criança.
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