Imagem por: Caio Andrade/Canal 38

O prefeito de Arapongas, Rafael Cita, esteve na sessão da Câmara de Vereadores nesta segunda-feira para defender pessoalmente o projeto de reforma da Previdência municipal. A proposta, considerada sensível por envolver diretamente os servidores públicos, vem sendo debatida com intensidade nos últimos dias.

Segundo o prefeito, a presença dele na Câmara foi uma forma de reforçar a transparência e esclarecer dúvidas sobre o projeto, que busca equilibrar as contas do Instituto de Previdência dos Servidores (IPASA).

Ele afirmou:

“Na verdade é um projeto tido como polêmico, porque envolve a classe dos servidores públicos, por quem eu tenho muito apreço. Encaminhei o projeto da reforma da Previdência, que já foi feito para os trabalhadores comuns, já foi feito para os trabalhadores do Estado, do governo federal, todo mundo já foi abrangido pela reforma, e faltava Arapongas.

O município gasta cerca de 60 milhões por ano de recurso livre, que poderia fazer creche, escola, hospital, por conta de um déficit que existe no Instituto dos Servidores, no IPASA, por conta de gestões lá do passado que fizeram alguns investimentos inadequados. Então é uma proposta necessária e eu vim defendê-la, porque eu que fiz o projeto, nada mais correto do que eu estar na Câmara defendendo o projeto que eu fiz.”

Cita destacou que o diálogo com os vereadores foi tranquilo e produtivo:

“Conversei de maneira muito ordeira com todos os vereadores, respondi àqueles que tinham dúvida. Que fique claro: inclusive no final foi aberta a palavra para mais dúvidas, mas não teve nenhum questionamento. Então eu sigo firme na gestão e fazendo aquilo que a técnica me disse que eu tenho que fazer.”

O prefeito também explicou quem será afetado pela reforma:

“De servidores, aqueles que já estão perto da aposentadoria serão pouquíssimos atingidos. Os servidores que entraram mais recentemente no serviço público terão um prazo maior para trabalhar, e ainda com regras de transição. O mundo mudou, a expectativa de vida aumentou. E por que a gente está fazendo isso agora?

Quem paga o salário dos aposentados hoje são os servidores da ativa. Quem vai pagar dos servidores da ativa que estão hoje? Vai ter que ser os servidores da ativa daquele momento. Então a conta não fecha. O Instituto é deficitário, gera uma despesa alta para o município todo ano. E a reforma é extremamente necessária.”

O projeto segue em tramitação na Câmara Municipal e deve continuar sendo debatido pelas comissões e pelos vereadores antes da votação final.

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