Em uma decisão controversa, o prefeito de Apucarana, Junior da Femac, nomeou para um Cargo de Comissão a candidata a vereadora derrotada nas eleições municipais de 6 de outubro. A ex-candidata, agora nomeada Diretora de Equipe da Guarda Civil Municipal, teve um desempenho fraco nas urnas, refletindo a impopularidade crescente do prefeito. A nomeação, da concursada em cargo em comissão que ocorreu apenas dois dias após o pleito, levanta suspeitas sobre motivações políticas e favorecimento pessoal, gerando críticas por ser uma recompensa para aliados a poucos dias do fim do mandato.

Mesmo com a derrota, a candidata foi nomeada para o cargo de confiança (CC-03) no dia 8 de outubro. A nomeação gerou grande repercussão negativa, sendo vista como uma estratégia para acomodar politicamente os derrotados, sem levar em consideração a vontade popular expressa nas urnas.

Repercussão Política e Insatisfação Popular

A nomeação foi amplamente criticada, especialmente entre os opositores políticos e parte da população, que enxergam a medida como uma prática de favorecimento pessoal e uso inadequado dos cargos públicos. Em um momento de crise financeira no município, com dívidas que ultrapassam R$ 1,3 bilhão e a falta de certidão liberatória do Tribunal de Contas do Estado (TCE), a gestão de Junior da Femac tem sido alvo de intensas críticas.

A prefeitura de Apucarana, que enfrenta severas dificuldades econômicas, realizou nomeações polêmicas nos dias 7, 8, 9 e 10 de outubro. Muitos acreditam que essas nomeações buscam garantir salários comissionados até o término do mandato, sem levar em consideração a atual situação financeira do município. A folha de pagamento da gestão, que já atinge R$ 22.237.558,02, levantou ainda mais questionamentos sobre a administração e suas prioridades, exacerbando a insatisfação com a atual gestão.

Com as próximas eleições ainda distantes, a gestão de Junior da Femac parece desconsiderar o desgaste de sua imagem pública e a crescente rejeição popular. Mesmo que não venha a ser declarado inelegível pela Justiça, algo que é esperado, ele já foi julgado nas urnas pela população e dificilmente retornará à vida pública por meio do voto popular.

Veja o valor da folha de pagamento:

Falta de recursos na saúde pública e insatisfação popular

Além das polêmicas com nomeações, a crise na saúde pública em Apucarana segue crítica. O único hospital da cidade é alvo de constantes queixas. A cidade sofre com a escassez de médicos e medicamentos, enquanto a superlotação da UPA agrava o cenário. Moradores reclamam da demora em exames e cirurgias eletivas, gerando crescente insatisfação. Esse descontentamento com a gestão da alocação de recursos públicos foi um dos principais fatores para a derrota expressiva do grupo político de Junior da Femac nas últimas eleições.

Implicações legais e pressão crescente

A gestão de Júnior da Femac está também sob forte pressão jurídica. O prefeito enfrenta acusações de não cumprir o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), firmado com o Ministério Público, que exigia a substituição de cargos comissionados por servidores concursados. O Procurador-Geral de Justiça ainda questiona a constitucionalidade dessas nomeações, colocando mais pressão sobre o atual prefeito. E por último o Ministério Público abriu procedimento para investigar nomeações de cargos comissionados em Apucarana.

O Silêncio do Prefeito

Após 585 dias desde as primeiras denúncias contra sua administração, envolvendo a terceirização de obras do hospital por empresas ligadas ao prefeito e seus familiares, Júnior da Femac continua em silêncio. As acusações variam desde irregularidades em obras públicas até questões sobre sua conduta administrativa. Com apenas 73 dias restantes de mandato, o prefeito enfrenta uma das gestões mais criticadas da história de Apucarana.

Com 61 denúncias já acumuladas, incluindo uma série de problemas administrativos, a gestão de Júnior da Femac está à beira de um colapso. A ausência de respostas e de ações concretas pode selar seu futuro político, consolidando sua imagem como um dos gestores mais controversos da história do município.

Escândalo de propina: áudio vazado revela esquema de corrupção

Um áudio vazado recentemente trouxe à tona um esquema de corrupção envolvendo o prefeito e empresas concessionárias de serviços públicos, além de empreiteiras contratadas para obras municipais. O áudio, gravado no que já é chamado de “Gabinete da Corrupção”, revela conversas sobre propinas destinadas a financiar campanhas eleitorais. Júnior da Femac menciona empresas de transporte coletivo e discute valores ilegais. A revelação aumenta a pressão por uma investigação formal e intensifica a indignação popular.

Com seu grupo político derrotado, Junior da Femac agora enfrenta perguntas sobre sua falha em fiscalizar as empresas envolvidas. A situação coloca em dúvida o futuro político do prefeito e sua capacidade de lidar com as consequências de sua gestão. Mesmo que não venha a ser declarado inelegível pela Justiça, algo que é esperado, ele já foi julgado nas urnas pela população e dificilmente retornará à vida pública por meio do voto popular.

Veja o vídeo:

 

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