Em uma decisão controversa, o prefeito de Apucarana, Junior da Femac, recentemente nomeou outro ex-candidato a vereador, que havia deixado a administração para participar das eleições e teve baixa votação. Apenas quatro dias após o pleito, o candidato foi reconduzido a um cargo comissionado a 62 dias do término do mandato do prefeito.
O ex-candidato assumiu o cargo de Assessor do Superintendente de Esportes, com símbolo CC-04. A nomeação, datada de 23 de outubro com efeito retroativo a 10 de outubro, gerou insatisfação entre cidadãos, que questionam a ação como uma possível manobra de recompensa política.
Apesar da transição de governo, as nomeações em cargos comissionados próximo ao fim do mandato continuam e levantam dúvidas sobre ética e transparência na gestão pública. A população espera que tais práticas não ocorram pelo próximo prefeito, priorizando o serviço público em vez de benefícios a aliados políticos.
Críticas à Gestão e Repercussão Popular
A nomeação integra uma série de designações feitas em outubro, criticadas pela população, principalmente diante da delicada situação financeira do município. Com uma dívida superior a R$ 1,3 bilhão e dificuldade em obter a certidão liberatória do Tribunal de Contas do Estado (TCE), a prefeitura enfrenta dificuldades econômicas.
A folha de pagamento da prefeitura, que já alcança R$ 22.237.558,02, é motivo de preocupação, levando muitos a apontar que essas nomeações seriam uma estratégia para assegurar salários até o fim do mandato, desconsiderando a crise financeira local.
O prefeito Junior da Femac mesmo não sendo declarado inelegível pela Justiça, ele já foi julgado nas urnas pela população e dificilmente retornará à vida pública por meio do voto popular.
Veja o valor da folha de pagamento:
Falta de recursos na saúde pública e insatisfação popular
Além das polêmicas com nomeações, a crise na saúde pública em Apucarana segue crítica. O único hospital da cidade é alvo de constantes queixas. A cidade sofre com a escassez de médicos e medicamentos, enquanto a superlotação da UPA agrava o cenário. Moradores reclamam da demora em exames e cirurgias eletivas, gerando crescente insatisfação. Esse descontentamento com a gestão da alocação de recursos públicos foi um dos principais fatores para a derrota expressiva do grupo político de Junior da Femac nas últimas eleições.
Implicações legais e pressão crescente
A gestão de Júnior da Femac está também sob forte pressão jurídica. O prefeito enfrenta acusações de não cumprir o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), firmado com o Ministério Público, que exigia a substituição de cargos comissionados por servidores concursados. O Procurador-Geral de Justiça ainda questiona a constitucionalidade dessas nomeações, colocando mais pressão sobre o atual prefeito. E por último o Ministério Público abriu procedimento para investigar nomeações de cargos comissionados em Apucarana.
O Silêncio do Prefeito
Após 596 dias desde as primeiras denúncias contra sua administração, envolvendo a terceirização de obras do hospital por empresas ligadas ao prefeito e seus familiares, Júnior da Femac continua em silêncio. As acusações variam desde irregularidades em obras públicas até questões sobre sua conduta administrativa. Com apenas 62 dias restantes de mandato, o prefeito enfrenta uma das gestões mais criticadas da história de Apucarana.
Com 61 denúncias já acumuladas, incluindo uma série de problemas administrativos, a gestão de Júnior da Femac está à beira de um colapso. A ausência de respostas e de ações concretas pode selar seu futuro político, consolidando sua imagem como um dos piores gestores da história do município.