Faltando pouco mais de um mês para o término de seu mandato, o prefeito Junior da Femac segue realizando nomeações para cargos em comissão, o que tem gerado críticas. A nomeação mais recente, para o cargo de Assessor de Superintendente de Esportes, foi assinada em 12 de novembro, com efeitos retroativos a 6 de novembro. Há indícios de que outras nomeações ainda estejam pendentes de publicação, especialmente porque o site da prefeitura continua fora do ar a todo momento.
Essa prática tem sido vista por muitos como uma tentativa de recompensar aliados políticos, já que o prefeito parece agir como se a próxima administração fosse uma continuidade da sua, ignorando o recado das urnas. Apesar de discursos de transição pacífica com o prefeito eleito Rodolfo Mota, tais nomeações têm alimentado o descontentamento público.
Transição e Críticas à Gestão Atual
Em entrevista ao Canal 38, Rodolfo Mota pediu que a atual gestão exonere todos os cargos comissionados e quite os pagamentos de acertos com os servidores, como forma de evitar a sobrecarga financeira na nova administração.
A derrota do grupo político de Junior da Femac nas urnas simbolizou o desejo da população por mudanças profundas. Os eleitores esperam que a nova gestão priorize a transparência, moralidade e eficiência administrativa, além de investigar possíveis irregularidades do governo atual.
Crise na Saúde e Insatisfação Popular
A administração de Junior da Femac também é duramente criticada pela crise na saúde pública. A cidade sofre com a escassez de médicos, falta de medicamentos, superlotação na UPA e demora na realização de exames e cirurgias eletivas. O único hospital de Apucarana tem sido alvo de queixas constantes, refletindo falhas na gestão dos recursos públicos.
Esses problemas foram determinantes para a derrota eleitoral e simbolizam o descontentamento da população com a alocação de recursos e a falta de planejamento estratégico.
Implicações Legais e Pressão do Ministério Público
Além das críticas políticas, Junior da Femac enfrenta investigações jurídicas. Ele foi acusado de não cumprir o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público, que determinava a substituição de cargos comissionados por servidores concursados. Recentemente, o Ministério Público abriu um procedimento para investigar as nomeações realizadas pela gestão.
O Silêncio do Prefeito
Mesmo após 614 dias desde as primeiras denúncias contra sua administração, incluindo irregularidades em obras públicas e supostos favorecimentos a empresas familiares, Junior da Femac continua em silêncio. Com apenas 43 dias de mandato restantes, ele se aproxima do final de sua gestão sem responder às 61 denúncias acumuladas, consolidando sua imagem como um dos gestores mais criticados da história de Apucarana.
Embora o prefeito não tenha sido declarado inelegível pela Justiça, seu futuro político parece incerto, e o julgamento popular nas urnas indica que dificilmente retornará à vida pública por meio do voto.