A 55 dias do término de seu mandato, o prefeito Junior da Femac segue realizando nomeações para cargos em comissão. A atitude levanta questionamentos: seria uma forma de servir os companheiros até o último momento ou uma estratégia para tentar dar continuidade a sua gestão?

A nova nomeação é para o cargo de Assessora de Superintendente de Assistência Social, com símbolo CC-04, realizada em 23 de outubro. A decisão levantou questionamentos entre os cidadãos, que veem a ação como uma possível recompensa política.

Apesar do clima aparentemente cordial da transição entre a gestão de Junior da Femac e o prefeito eleito Rodolfo Mota, a prática de nomeações de última hora tem gerado críticas sobre a ética e a transparência da administração. Muitos esperam que essas nomeações políticas sejam interrompidas com a posse do novo prefeito em janeiro, visando uma gestão pública mais voltada ao interesse da população do que ao favorecimento de aliados.

Críticas à Gestão e Repercussão Popular

A nomeação faz parte de uma série de designações realizadas em outubro, que têm sido alvo de críticas tanto da população quanto de opositores políticos. A insatisfação se intensifica devido à situação financeira delicada do município, que enfrenta uma dívida de mais de R$ 1,3 bilhão e dificuldades em obter a certidão liberatória do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

A folha de pagamento da prefeitura, que já atinge o valor de R$ 22.237.558,02, levanta questionamentos sobre as prioridades da gestão, com muitos apontando que a série de nomeações seria uma estratégia para garantir salários comissionados até o fim do mandato, desconsiderando a crise financeira enfrentada pelo município.

O prefeito Junior da Femac mesmo não sendo declarado inelegível pela Justiça, ele já foi julgado nas urnas pela população e dificilmente retornará à vida pública por meio do voto popular.

Veja o valor da folha de pagamento:

Falta de recursos na saúde pública e insatisfação popular

Além das polêmicas com nomeações, a crise na saúde pública em Apucarana segue crítica. O único hospital da cidade é alvo de constantes queixas. A cidade sofre com a escassez de médicos e medicamentos, enquanto a superlotação da UPA agrava o cenário. Moradores reclamam da demora em exames e cirurgias eletivas, gerando crescente insatisfação. Esse descontentamento com a gestão da alocação de recursos públicos foi um dos principais fatores para a derrota expressiva do grupo político de Junior da Femac nas últimas eleições.

Implicações legais e pressão crescente

A gestão de Júnior da Femac está também sob forte pressão jurídica. O prefeito enfrenta acusações de não cumprir o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), firmado com o Ministério Público, que exigia a substituição de cargos comissionados por servidores concursados. O Procurador-Geral de Justiça ainda questiona a constitucionalidade dessas nomeações, colocando mais pressão sobre o atual prefeito. E por último o Ministério Público abriu procedimento para investigar nomeações de cargos comissionados em Apucarana.

O Silêncio do Prefeito

Após 602 dias desde as primeiras denúncias contra sua administração, envolvendo a terceirização de obras do hospital por empresas ligadas ao prefeito e seus familiares, Júnior da Femac continua em silêncio. As acusações variam desde irregularidades em obras públicas até questões sobre sua conduta administrativa. Com apenas 55 dias restantes de mandato, o prefeito enfrenta uma das gestões mais criticadas da história de Apucarana.

Com 61 denúncias já acumuladas, incluindo uma série de acusações de subcontratação de obras públicas por meio de empresas próprias e de familiares, a gestão de Junior da Femac está à beira de um colapso. A falta de respostas e de ações concretas pode selar seu futuro político, consolidando sua imagem como um dos piores gestores da história do município. Ele deve encerrar o mandato sem fornecer explicações sobre as denúncias e permanecer calado.

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