Imagem por: PCIPR

A destruição de vestígios balísticos representa a etapa final da cadeia de custódia de equipamentos apreendidos. O resultado consolida a eficiência da política pública pericial, com impacto direto na segurança da população paranaense.

A Polícia Científica do Paraná (PCIPR) registrou, em 2025, aumento expressivo na destruição de armas de fogo e vestígios balísticos apreendidos. Ao longo do ano, foram destruídos 8.973 itens, aumento de quase 50%, em relação a 2024 (5.983 vestígios), e mais que o dobro do registrado em 2023, quando foram eliminados 4.080 itens. O resultado consolida a eficiência da política pública pericial, com impacto direto na segurança da população paranaense.

A destruição de vestígios balísticos representa a etapa final da cadeia de custódia de equipamentos apreendidos. É essencial para garantir a destinação correta de armas apreendidas, impedir que retornem à criminalidade, assegurar a rotatividade dos materiais sob custódia e fortalecer a segurança das Unidades de Execução Técnico-Científicas (UETCs).

“Nos últimos anos, investimentos em tanques de coleta, comparadores e treinamentos possibilitaram ampliar a coleta de padrões e, consequentemente, a destruição de armas de fogo. Essas iniciativas tornaram a Polícia Científica referência no tema. Para o próximo ano, a meta é avançar ainda mais nesses resultados”, destaca o diretor operacional da PCIPR Leonel Letnar Junior.

O crescimento está diretamente ligado à descentralização do processo, iniciada em 2023, com a criação do Sistema de Controle de Destruição de Armas (SCDA), desenvolvido internamente pela Polícia Científica. A ferramenta passou a organizar, rastrear e padronizar todas as etapas da destruição de vestígios balísticos em âmbito estadual, atendendo à crescente demanda por mais celeridade e controle.

Entre 2023 e 2024, a PCIPR também avançou na normatização e capacitação dos servidores, com a elaboração da normatização Destruição de Vestígios Balísticos, que define responsabilidades, critérios técnicos e procedimentos operacionais. No início de 2024, representantes de todas as unidades participaram de um curso específico sobre o tema, garantindo padronização, maior segurança operacional e redução de riscos.

Para a perita oficial da PCIPR, Beatriz Rossi de Menezes, o aumento alcançado reflete o esforço dos servidores e das chefias de todas as UETCs da Polícia Científica do Paraná, cujo empenho garantiu a efetiva destruição do material. “A partir deste trabalho coletivo, esperamos um avanço ainda mais expressivo para o ano de 2026, alcançando, ao menos, 13.500 vestígios balísticos destruídos, o que representará um novo aumento de 50%”.

INFRAESTRUTURA — Outro fator decisivo foi o investimento na confecção e aquisição de tanques balísticos para as unidades do interior. A estrutura permite a coleta do padrão balístico antes da destruição, assegurando o registro técnico, a preservação das informações periciais e o fortalecimento da rastreabilidade, além de reduzir a dependência entre as unidades.

Em 2025, a Polícia Científica promoveu avanços na organização interna, com a formalização das atividades colaterais obrigatórias e determinação da designação formal de um técnico de perícia titular e um adjunto, responsáveis pelas atividades de custódia, incluindo a destruição de materiais. A medida trouxe mais controle, definição de responsabilidades e agilidade nos procedimentos.

INOVAÇÃO — A evolução do processo foi apresentada no Interforensics 2025, principal evento científico da área forense no país. O trabalho técnico da Polícia Científica do Paraná foi premiado na categoria “Gestão e Inovação”, reconhecendo o alinhamento às boas práticas da cadeia de custódia, o uso de tecnologia e a governança institucional aplicada ao tema.

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