O principal espaço esportivo da cidade se transformou em motivo de indignação e preocupação. A piscina do Ginásio de Esportes Lagoão, em Apucarana, tem sido alvo de críticas severas por parte dos frequentadores devido às péssimas condições de higiene e manutenção. A situação foi confirmada pela reportagem do Canal 38, que esteve no local na tarde desta quinta-feira (24) e constatou a veracidade das denúncias: a água estava com coloração inadequada, o banheiro sem algumas portas no masculino e feminino, com vazamentos, mau cheiro e presença de mofo.
Desde a semana passada, usuários do espaço relatam que a água da piscina está fria, turva e com odor forte de fezes, tornando-se completamente imprópria para as aulas de hidroginástica. O mau cheiro é tão intenso que, segundo relatos, alguns alunos chegaram a passar mal durante as atividades.
“Eles não estão colocando cloro na água. Está fedendo, com cheiro de coisa podre. A piscina está imunda. Desde que começou a natação, não fazem a limpeza adequada. É uma vergonha!”, denuncia uma moradora que frequenta o local.
Outros alunos reforçam o cenário de insalubridade, relatando dores de cabeça, enjoo e desconforto causados pela sujeira e pelo forte odor. Segundo denúncias, os responsáveis pela manutenção não comparecem ao local diariamente, como estabelecido em contrato. “O único dia em que está limpo é na segunda-feira. Eles aspiram apenas aos domingos. Segunda até quarta ainda dá, mas de quinta em diante fica imundo”, conta uma frequentadora.
Além da falta de limpeza, há críticas quanto à nova organização das aulas: agora são dois alunos por raia, o que compromete a segurança e a qualidade dos exercícios. A fiscalização da Prefeitura, que deveria garantir o cumprimento das normas sanitárias e a aplicação correta de produtos como o cloro, parece inexistente.
O estado dos banheiros também revolta os usuários. Pela manhã, o local apresenta forte cheiro de urina e sujeira acumulada, agravando ainda mais o cenário de abandono.
Moradores questionam a gestão do prefeito Rodolfo Mota, que já declarou publicamente que saúde e esporte seriam prioridades de seu governo. Diante das denúncias, o questionamento ecoa: onde está a fiscalização? Onde estão os investimentos prometidos? E até quando os cidadãos precisarão conviver com tamanho descaso?
O Ginásio Lagoão, que deveria ser símbolo de saúde, lazer e inclusão social, virou retrato do abandono. A população pede providências urgentes e cobra respeito de quem administra o município.
No momento em que a equipe de reportagem esteve no local para verificar as denúncias, uma funcionária do ginásio questionou a presença da equipe, alegando que seria necessário “autorização prévia da Secretaria de Esportes” para registrar imagens ou apurar informações no espaço público. A tentativa de impedir o trabalho jornalístico foi vista como um ato de censura. “Nova gestão, mas as práticas continuam as mesmas”, desabafou um repórter do Canal 38, reforçando que denúncias de interesse público não precisam de autorização para serem investigadas.