Quando acreditamos já ter presenciado todas as situações possíveis, nos deparamos com pacientes deitados no chão da UPA, sem receber atendimento, e com a cabeça apoiada em cestos de lixo. Adicionalmente, na farmácia municipal, estão sendo distribuídas receitas caseiras para a confecção de soro.
As imagens chocantes revelam a gravidade da situação em que a população está sendo submetida pela gestão do prefeito Junior da Femac, especialmente na área da saúde. O prefeito planeja gastar mais de R$ 1 milhão dos recursos livres da prefeitura, mas falta dinheiro em diversas áreas, incluindo a saúde e o combate à dengue, mas não para realização da festa de aniversário da cidade.
Paralelamente, a carência de recursos para enfrentar a epidemia de dengue é evidente, mesmo considerando a subnotificação dos casos. Apucarana ocupa uma posição preocupante, sendo a cidade com o maior número de casos no Paraná.
A dengue não faz distinção de classes sociais, ressaltando a falta de ação efetiva por parte da prefeitura ao longo do tempo. Já há registros de três casos suspeitos de morte por dengue, sendo um deles de um jovem de 22 anos e dois de pessoas idosas.
Segundo o vereador Lucas Leugi, “A saúde pública enfrenta deficiências em diversos aspectos, desde a falta de médicos e agentes de endemias até a escassez de recursos para medicamentos, exames, cirurgias eletivas. A falta de sais de hidratação, o conhecido soro, na farmácia da UPA conforme publicação na quarta-feira (17/01) na rede social do vereador, é mais um exemplo do caos enfrentado pela população. A solução encontrada pela Autarquia Municipal de Saúde foi distribuir bilhetes com receitas caseiras, como ‘1 litro de água filtrada ou fervida; 1 colher de café de sal e uma de sopa bem cheia de açúcar” publicou o vereador.
“Só falta darem receitas de plantas medicinais, em detrimento de fornecer medicamentos adequados à população menos favorecida”, disse um leitor do Portal 38 News.
A cada dia, ao pensarmos que já testemunhamos o pior, nos deparamos novamente com uma UPA superlotada, pessoas exaustas após longas horas de espera e pacientes deitados no chão, sem atendimento, como é o caso dessa pessoa com a cabeça no cesto de lixo. Lucas Leugi lamentou essa situação.