A Orquestra Sinfônica do Paraná (OSP) encerrou sua turnê de 40 anos com uma apresentação inédita em Belo Horizonte, na Sala Minas Gerais, neste sábado (25), reunindo cerca de mil espectadores. Sob a regência do maestro titular Roberto Tibiriçá, o concerto trouxe um repertório inteiramente dedicado ao romantismo europeu, incluindo a Abertura de Os Mestres Cantores de Nüremberg, de Richard Wagner; Os Prelúdios, de Franz Liszt; e a Sinfonia nº 5, de Piotr Ilitch Tchaikovsky.

O público elogiou a apresentação e a qualidade sonora da Sala Minas Gerais. O arquiteto Bruno Melo Almeida destacou: “Achei maravilhoso, muito bom mesmo”. Já a publicitária Érica Maria comentou: “A orquestra estava muito bonita. Parabéns a todos os envolvidos”. Para alguns espectadores, como o estudante de computação Davi Kreppel, foi a primeira experiência em um concerto, que se tornou memorável.

Em entrevista, o maestro Tibiriçá ressaltou a democratização da música erudita no país, observando o crescente interesse de jovens pelo gênero: “A música erudita deixou de ser uma coisa elitista. Hoje em dia, ela é extremamente acessível a qualquer pessoa”.

O coralista e musicista Anderson Guimarães destacou a importância do intercâmbio cultural entre os estados: “É um prazer enorme receber a Orquestra do Paraná aqui, ainda mais em um momento em que ela comemora 40 anos”.

Segundo Tibiriçá, a Sala Minas Gerais proporcionou a experiência perfeita entre acústica e repertório: “Tenho contato bem particular com esse público de música. A sala é linda e tem uma das melhores acústicas da América do Sul”.

O diretor-presidente do Centro Cultural Teatro Guaíra, Cleverson Cavalheiro, destacou que o concerto simboliza o alcance nacional da OSP e o orgulho do Paraná pelo talento de seus músicos. A turnê comemorativa passou também por outros palcos importantes, como o Auditório Claudio Santoro e a Sala São Paulo, reafirmando o compromisso da orquestra com a difusão da música sinfônica e o acesso democrático à cultura.