Os policiais civis cumprem sete mandados de prisão e seis de busca e apreensão simultaneamente em Curitiba, Wenceslau Braz e Cascavel. A operação visa desmantelar um esquema responsável por gerar perdas a produtores rurais e prejudicar diretamente a produtividade agrícola.
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) está nas ruas na manhã desta quinta-feira (23) para cumprir 13 mandados judiciais contra uma quadrilha especializada no desvio e na adulteração de fertilizantes. A ação acontece simultaneamente em Curitiba, Wenceslau Braz e Cascavel.
Os policiais civis cumprem sete mandados de prisão e seis de busca e apreensão. A operação visa desmantelar um esquema responsável por gerar perdas a produtores rurais e prejudicar diretamente a produtividade agrícola.
As investigações tiveram início em novembro no ano passado, quando a PCPR prendeu cinco pessoas em flagrante em um barracão clandestino localizado em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba. Na ocasião, os policiais flagraram a adulteração de uma carga de fertilizantes.
Durante a abordagem, o dono do local tentou subornar os policiais oferecendo o valor de R$ 150 mil e foi autuado em flagrante pelo crime de corrupção ativa. Os demais envolvidos na adulteração foram presos por associação criminosa e receptação qualificada. Um deles admitiu que parte da carga original já havia sido desviada, enquanto outra parte seria transportada com nota fiscal adulterada.
Em continuidade às diligências, a PCPR rastreou e localizou parte da carga em Wenceslau Braz, no Norte do Estado, em posse do motorista do caminhão que deveria transportar o material. Após análises periciais, foi constatada a adulteração.
“Com o prosseguimento das investigações iniciadas com a ação de Araucária, chegamos à identidade do indivíduo responsável por criar empresas de fachada para a emissão de notas fiscais frias para que esses fertilizantes fraudados pudessem ser transportados com aparência de legalidade. Esse homem chegava a receber R$ 500 por nota fiscal emitida”, explica o delegado da PCPR André Feltes.
Além do responsável pelas notas frias e os do proprietário do barracão, a PCPR identificou que o grupo ainda era composto por três motoristas e outros dois indivíduos ligados à atividade de adulteração dos fertilizantes no barracão.