Na madrugada desta quinta-feira (29), o delegado Ricardo Monteiro de Toledo, Operacional da 17ª Subdivisão Policial (SDP) de Apucarana, participou de uma operação histórica que resultou na desarticulação de uma das maiores e mais perigosas organizações criminosas da cidade. A operação, denominada “Baby Shark”, marcou o fim de um ano de intensas investigações que envolveram monitoramento constante, análise detalhada de contas bancárias e infiltração na complexa rede da quadrilha, que atuava em tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e homicídios.
Dr. Ricardo Monteiro de Toledo explicou que eles promoviam rifas nos mesmos moldes de organizações criminosas que atuam nacionalmente visando angariar recursos eles tinham diversas rifas que eles promoviam rotineiramente a investigação teve início a partir de uma prisão aparentemente insignificante, que resultou na apreensão de 29 buchas de maconha. “Foi uma prisão realizada pela Polícia Civil, onde foi apreendida essa quantidade de maconha, e a partir daí, a investigação financeira começou. A investigação revelou a profundidade das operações criminosas, com a análise de mais de 53.500 transações bancárias e a identificação de mais de 90 contas usadas pelo grupo para lavar dinheiro”, afirmou o delegado.
A organização criminosa, que vinha atuando em Apucarana há mais de 10 anos, nos últimos tempos passou a se estruturar de maneira empresarial. A investigação revelou a existência de vários núcleos dentro da organização, incluindo o núcleo de liderança composto por dois irmãos que se autodenominavam “Tropa do Tubarão”. “Apesar do nome caricato, esse grupo era extremamente perigoso e impunha terror na comunidade local, que vivia em pânico há anos”, destacou o delegado.
A investigação mostrou que a “Tropa do Tubarão” movimentou mais de R$ 17 milhões em um período de dois anos e quatro meses, utilizando métodos sofisticados para evitar rastreamento, como o uso de PIX e máquinas de cartão de crédito para transações ligadas ao tráfico de drogas. “Nenhuma dessas transações passou pelas contas bancárias dos líderes, que nunca tiveram contas em seus nomes. Estimamos que o valor total movimentado em espécie seja pelo menos duas vezes maior do que o registrado pelas transações eletrônicas”, esclareceu Dr. Ricardo.
Além das prisões dos membros do grupo, a operação também resultou no indiciamento dos envolvidos por crimes como organização criminosa, lavagem de dinheiro, associação ao tráfico de drogas e financiamento do tráfico. O delegado reforçou a importância da operação para a população de Apucarana e região, que há anos aguardava uma resposta efetiva da polícia. “Hoje, conseguimos dar a resposta que a comunidade tanto esperava, com a prisão desses dois irmãos que eram muito temidos”, concluiu.
A desarticulação da “Tropa do Tubarão” representa um marco na luta contra o crime organizado na região, trazendo um alívio significativo para os moradores que há muito tempo viviam sob o domínio do medo.
A Polícia Civil de Apucarana é implacável na investigação, prisão e encaminhamento dos autores de crimes para julgamento.