Imagem por: Aline Jasper/UEPG

Número de janeiro a junho de 2025 já é mais que a metade de todo o ano de 2024, que fechou com 686 procedimentos. Desde o início do programa, em 2022, o Governo do Estado, por meio da Sesa, já liberou R$ 1 bilhão custear o Opera Paraná.

O Programa Opera Paraná, implantado pelo Governo do Estado e desenvolvido pela Secretaria da Saúde (Sesa), está progressivamente diminuindo as filas das cirurgias eletivas. No primeiro semestre deste ano, foram feitos mais de 370 mil procedimentos cirúrgicos, número que já é maior que a metade dos atendimentos feitos no ano de 2024, que fechou com 686 mil cirurgias.

“É um compromisso do Governo do Paraná e uma missão da Secretaria da Saúde reduzir as filas das cirurgias eletivas e promover uma facilitação de acesso do cidadão paranaense aos serviços públicos nesta área”, afirma o secretário da Saúde, Beto Preto.

Os números ainda apontam que a quantidade de atendimentos vem crescendo desde o primeiro ano do programa: em 2021, antes do início do programa, a média anual registrada era de pouco mais de 331 mil cirurgias (número impactado pela pandemia de Covid-19); em 2022, já foram mais de 488 mil, seguidos de 589 mil cirurgias em 2023 e 686 mil em 2024.

Segundo a Central de Acesso à Regulação do Paraná (Care/PR), atualmente 71.694 paranaenses aguardam por uma cirurgia eletiva pelo SUS do Estado. Entre a confirmação da indicação da cirurgia e a realização do procedimento, a média estadual de tempo é de 65 dias. As informações do Care são preliminares e os pacientes são inseridos neste sistema pelas secretarias municipais de saúde.

A cirurgia é confirmada pelos prestadores dos serviços. Os municípios de gestão plena (como Curitiba) possuem sistemas próprios, e por este motivo, existem pacientes que são regulados pela própria secretaria municipal.

INVESTIMENTOS – O investimento do Estado, por meio da Sesa, também vem crescendo no mesmo ritmo. Neste ano, já foram aplicados mais de R$ 189 milhões. No ano passado, o montante destinado ultrapassou R$ 350 milhões. Desde o início do Opera Paraná, no entanto, foram liberados mais de R$ 1 bilhão.

Como o Opera Paraná funciona contratualizado e remunerando hospitais para a realização das cirurgias, é possível regionalizar os serviços, evitando deslocamentos de pacientes  e diminuindo o tempo de espera para os procedimentos.

Exemplo disso são os moradores dos 93 municípios que integram a Macrorregião Leste da Sesa. Apenas na área de atuação da 5ª Regional de Saúde de Guarapuava, entre janeiro e junho de 2025, foram feitos mais de 16 mil procedimentos, com investimentos que ultrapassam R$ 11 milhões. A intenção é superar a marca de 2024, em que foram realizadas 24.707 cirurgias na Regional com investimento total de R$ 17 milhões.

Parte dos atendimentos nesta região foi realizada no Hospital Regional do Centro-Oeste – Deputado Bernardo Ribas Carli (HRCO). O hospital foi inaugurado em 2020 inicialmente para atender casos exclusivamente de Covid-19, e após o período mais crítico da pandemia, iniciou a realização de cirurgias eletivas, se tornando atualmente uma referência em procedimentos cirúrgicos.

Na região, grande parte das cirurgias feitas são ortopédicas, uma média mensal de 600 procedimentos. “As cirurgias ortopédicas, sobretudo as de quadril e joelho, são consideradas gargalos no SUS por conta da alta demanda e pela complexidade dos procedimentos que exigem equipes especializadas, hospitais com infraestrutura adequada e materiais específicos. Então, garantir o atendimento, e com rapidez, tem sido muito satisfatório. Não vamos medir esforços para dar sequência e ampliar o Programa Opera Paraná”, reforça Beto Preto.

Um dos pacientes beneficiados pela cirurgia é Samuel Hifran, 77 anos, morador de Guarapuava. Ele sofria com fortes dores no joelho esquerdo e já não conseguia se locomover. “Eu sofri terrivelmente, era muita dor. Fiz fisioterapia, mas meu caso era sério. Não acreditava que a cirurgia pudesse ser tão boa”, relembra. Em outubro de 2024, Samuel foi operado no HRCO e hoje comemora. “Voltei a andar e sem dor. Não imaginava que ficaria tão bom, principalmente pela minha idade.”

A experiência de Júlio César Schuartes também revela a força do programa. Diagnosticado com síndrome do manguito rotador, que provocava dor intensa e perda de movimento no ombro, ele viu sua vida mudar em pouco tempo. “Do primeiro atendimento até a cirurgia, não chegou a 60 dias. Recebi cuidado desde a consulta inicial até o pós-operatório. É como se eu tivesse ganhado uma nova chance”, celebra.

MACRORREGIÃO LESTE – Além da 5ª Regional de Saúde de Guarapuava, integram a macrorregião Leste as Regionais de Saúde de Paranaguá, Curitiba, Ponta Grossa, Irati, União da Vitória e Telêmaco Borba. A 2ª Regional de Saúde, que contempla Curitiba e as cidades da Região Metropolitana, atendeu mais de 154 mil pacientes de cirurgias eletivas pelo Opera Paraná de janeiro a junho deste ano, utilizando mais de R$ 155 milhões de recurso da saúde. Em 2024, foram 285 mil operações que demandaram mais de R$ 237 milhões.

Na 1ª Regional de Saúde de Paranaguá, em 2024, foram mais de 5,5 mil procedimentos, com R$ 248 milhões investidos. Neste ano, só até junho, já foram 3 mil atendimentos e R$ 109 milhões. Na 3ª Regional de Saúde de Ponta Grossa, 12 mil pessoas foram submetidas a cirurgias em 2025 até junho e foram demandados R$ 11 milhões. Por lá, em 2024 foram 21 procedimentos e R$ 21 milhões de verba destinada.

As outras Regionais (Irati, União da Vitória e Telêmaco Borba) atenderam juntas neste ano mais de 3 mil procedimentos cirúrgicos que tiveram custos de R$ 1,5 milhão e, em 2024, foram responsáveis por mais de 7,6 mil cirurgias eletivas.

MACRORREGIÃO OESTE – Na macrorregião Oeste, composta por cinco Regionais de Saúde (Pato Branco, Francisco Beltrão, Foz do Iguaçu, Cascavel e Toledo), e que atende 94 municípios, apenas nos primeiros cinco meses, foram executados mais de 10,3 mil procedimentos cirúrgicos. Em todo o 2024, foram pouco mais de 8,9 mil cirurgias eletivas.

 

 

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