Treze dos dezessete municípios que integram a área de abrangência da 16ª Regional de Saúde (RS) de Apucarana assinaram o termo de adesão para o recebimento de soros antiescorpiônicos e antiofídicos. A distribuição dos medicamentos já está em andamento pela regional, acompanhada das devidas instruções de uso em casos de acidentes com escorpiões ou serpentes.

O assunto foi discutido recentemente em uma reunião promovida pela 16ª RS, motivada pelo aumento de casos na região e, principalmente, pela morte de uma criança em Cambará após ser picada por um escorpião amarelo.

O diretor da 16ª RS, Lucas Leugi, manifestou preocupação com o cenário atual. “De janeiro a julho deste ano, registramos 11 notificações de acidentes com escorpiões em Apucarana, 9 em Arapongas e mais 10 em Jandaia do Sul”, relatou. Ele destacou que, felizmente, não houve óbitos nos municípios da regional, mas reforçou a necessidade de todas as equipes de saúde pública estarem treinadas e preparadas. “É fundamental que os municípios tenham acesso ao soro e saibam como agir rapidamente em situações de emergência”, enfatizou.

A distribuição dos soros está sendo ampliada especialmente para cidades mais distantes de Apucarana, como Grandes Rios, Borrazópolis e Faxinal. Os municípios que aderiram ao programa devem possuir geladeiras científicas e profissionais capacitados para o manuseio e administração dos soros.

Casos de acidentes com escorpiões têm se tornado mais frequentes devido à expansão urbana, ao desmatamento e ao descarte inadequado de lixo, fatores que favorecem a proliferação desses animais. Quando atacam, os escorpiões o fazem geralmente ao se sentirem ameaçados, após o contato acidental com pessoas.

O soro antiescorpiônico é indicado para casos graves de envenenamento, especialmente em crianças. Ele está disponível em hospitais de referência do Sistema Único de Saúde (SUS) e em algumas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Embora a maioria dos casos não exija o uso do soro, a orientação das autoridades de saúde é clara: qualquer pessoa picada deve procurar atendimento médico com urgência, para avaliação e, se necessário, encaminhamento a uma unidade hospitalar apta a aplicar o tratamento adequado.

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