De acordo com a mulher, seu esposo foi levado à UPA no final do mês passado com uma hemorragia severa e permaneceu no local das 7h às 23h sem receber o atendimento necessário. “Se eu não tivesse ido ver ele, o pior teria acontecido. Pedi ajuda aos enfermeiros três vezes e eles nem me davam resposta. Na quarta vez, responderam com ironia. Eu e os outros pacientes pegamos ele e o colocamos na cadeira para socorrer”, desabafou.
A moradora relatou que a equipe médica negligenciou o caso, tratando o problema como uma simples alergia a medicamentos. Essa falta de assistência resultou em complicações graves: o esposo precisou passar por uma cirurgia de emergência e ficou internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por quatro dias, após perder metade do intestino devido à necrose causada por quase seis horas de hemorragia ininterrupta. Atualmente, ele usa uma bolsa de ileostomia e precisa de repouso até o dia 29 de setembro.
Embora o esposo esteja se recuperando, a moradora expressou sua indignação e preocupação com a negligência médica que quase resultou em sua morte. “Ele quase morreu por negligência deles”, afirmou.
O caso destaca a necessidade de um atendimento médico eficiente e a urgência de uma investigação rigorosa sobre a conduta dos profissionais envolvidos, para evitar que situações semelhantes aconteçam novamente.
Relato da Moradora:
“Nesse dia, eu e os outros pacientes tivemos que pegar ele da cadeira onde estava tomando soro. Nós, os outros pacientes e eu, colocamos ele numa cadeira de rodas, e eu arrastei ele para a Emergência porque a enfermeira olhou na minha cara e falou: ‘Nossa, mas como é que ele não consegue andar se ele veio andando para pôr o soro?’
Foi um descaso enorme. Depois que ele ficou na UTI, eu acabei deixando para lá, nem fui atrás, e daí tivemos que ficar eu e ele sem trabalhar. Se eu não tivesse ido lá ver ele, ia morrer lá dentro porque as enfermeiras não fizeram nada, nem foram lá tirar o soro dele, que eu pedi. Eu duvido que a câmera de lá funcione depois de tanto tempo. E também, só deve funcionar quando é conveniente para eles. Porque quando a gente perde a paciência, eles chamam a polícia, tudo fica lá registrado.
Eu fui quatro vezes na fila para pedir ajuda para elas. Meu marido estava desmaiando por causa da hemorragia. Ele tinha batido a perna, e a gente achava que era só a perna que estava machucada. Eu fui quatro vezes lá, esperei a minha vez na fila, e quando chegava, eles nem me respondiam. Eu lembro certinho quem eram os três enfermeiros que estavam lá. Eles nem me respondiam” denunciou.
Com apenas 124 dias restantes para o fim de seu mandato, a gestão do prefeito Júnior da Femac, considerada uma das mais contestadas na história do município, enfrenta crescente descontentamento popular. Denúncias de irregularidades, incluindo questões envolvendo empresas ligadas ao prefeito e seus familiares, permanecem sem esclarecimento, intensificando a desconfiança pública. Essas questões serão levadas ao julgamento popular, representando um desafio significativo para a reputação do prefeito e de seus aliados.