Uma moradora de Apucarana manifestou sua indignação com o atendimento recebido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e no Hospital da Providência de Apucarana. Segundo seu relato, seu marido, de 33 anos, buscou atendimento na última terça-feira (24) devido a um inchaço na boca, mas o tratamento foi insuficiente e o estado de saúde dele piorou nos dias seguintes. “Eles só medicam”, denunciou.
“Levamos ele à UPA na terça-feira (24) porque estava com um inchaço na boca. Atenderam por volta do meio-dia, deram um remédio e mandaram para casa. No dia seguinte, ele piorou, com muita dor e pus saindo da boca. Voltamos à UPA, deram outro antibiótico e mandaram ele para casa novamente. No entanto, a situação só piorou”, relatou a esposa.
De acordo com a denunciante, ao retornarem à UPA no dia seguinte, o marido foi classificado como um caso “normal” e teve que esperar por horas, mesmo apresentando sintomas graves. “Ele estava com muita dor, tremendo e com a boca cheia de pus. Só atenderam ele neste sábado (28) depois que ameacei chamar o Canal 38 e procurar meus direitos. Só então o levaram para a emergência e fizeram o dreno”, contou ela.
O marido foi então encaminhado ao Hospital da Providência, onde os problemas no atendimento continuaram. “Quando chegamos ao hospital, a enfermeira disse que o caso dele não era de emergência. Ele estava tremendo de dor na maca, mas como os sinais vitais estavam normais, ele tinha que esperar. Só depois de muita insistência, quando eu gritei e disse que ia chamar o Canal 38, eles o atenderam. A enfermeira foi extremamente grosseira, dizendo que eu poderia chamar até o papa”, mas atenderam, desabafou.
A mulher criticou duramente o estado do sistema de saúde de Apucarana: “Eu queria saber como está a saúde aqui em Apucarana. O prefeito parece não estar fazendo nada, porque a cidade e o sistema de saúde continuam do mesmo jeito. O hospital é bonito por fora, mas o atendimento lá dentro continua precário. Depender dos outros é a pior coisa, e quando você precisa de um médico com urgência, parece que não tem atendimento. A pessoa tem que chegar quase morrendo para ser atendida. Eles só atendem se você ameaçar ou reclamar.”
A população espera melhorias concretas tanto na UPA quanto no Hospital da Providência, com um atendimento digno e humanizado.