No último domingo (16), a cidade de Apucarana foi abalada por um trágico incidente que resultou na morte de um bebê de 1 ano e nove meses, atropelado no Residencial Fariz Gebrim. Gustavo Henrique Prado, 22 anos, residente do Recanto do Lago, prestou seu depoimento ao delegado Carlos Diego, da central de flagrantes da 17ª SDP de Apucarana, para esclarecer os detalhes do ocorrido.
Gustavo explicou que havia adquirido recentemente uma motocicleta e estava usando-a para deslocar-se em áreas de baixo movimento. “Eu moro no Recanto do Lago e estava indo para uma trilha quando tudo aconteceu. Subia a rua a cerca de 40 km/h, e a criança estava brincando próximo a um carro estacionado. De repente, ela saiu de trás do veículo e eu não tive tempo de reagir, pois não tinha visão clara,” detalhou Gustavo durante seu depoimento.
Após o acidente, Gustavo tentou prestar socorro, mas foi impedido por moradores enfurecidos. “Mais de 15 pessoas me agrediram simultaneamente e me levaram para uma residência, onde as agressões continuaram. Mesmo diante da hostilidade, parei a moto e retornei ao local, pedindo que levassem a criança imediatamente ao hospital. Não tive intenção de fugir,” assegurou ele.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi chamado e prestou socorro imediato ao bebê, que foi encaminhado ao Hospital da Providência. Infelizmente, a criança não resistiu aos ferimentos e veio a falecer.
Gustavo foi posteriormente levado ao hospital para receber cuidados médicos sob escolta policial, enquanto a Polícia Militar foi mobilizada para garantir a segurança de todos os envolvidos e depois a delegacia para ser autuado pelo delegado.
Em seu depoimento ao delegado Carlos Diego, Gustavo descreveu os momentos que antecederam o acidente: “Eu estava subindo a rua e havia um carro estacionado. A criança saiu de um ponto cego e eu não consegui evitar o atropelamento. Assim que percebi o que havia acontecido, parei a moto e retornei para tentar prestar auxílio. Depois me levaram para uma casa e me bateram mais, e falaram que se a criança não sobrevivesse iria morrer, depois chegou uma pessoa de mais idade e mandou me soltar senão iria ficar pior a situação”
O caso está sob investigação da Polícia Civil, que está ouvindo testemunhas e analisando todas as circunstâncias do acidente. A comunidade de Apucarana está profundamente abalada, e o incidente serve como um doloroso lembrete da importância da atenção e cautela ao conduzir veículos, especialmente em áreas residenciais.