Um grupo de cidadãos apucaranenses iniciou, na manhã deste sábado (01), uma mobilização na Praça Rui Barbosa para colher assinaturas em favor da reabertura do Hospital Municipal da cidade. O objetivo é pressionar a administração municipal e garantir que a unidade de saúde volte a funcionar, uma vez que o hospital foi inaugurado, mas nunca chegou a atender a população, deixando uma estrutura pública ociosa.
O Canal 38 divulgou com exclusividade, no Jornal do Meio-Dia de hoje, que estava ocorrendo o abaixo-assinado. De acordo com Magrão Cunha, presidente da Associação de Moradores do Núcleo Habitacional Dom Romeu Alberti e um dos organizadores do movimento, há indícios de que o hospital permanecerá fechado por razões políticas. “Sabemos, por fonte segura, que existe um acordo para que o hospital não seja aberto este ano. Isso não podemos aceitar. A população não pode padecer, por isso estamos recolhendo assinaturas”, afirmou.
Ele também destacou que, todos os sábados, o grupo continuará a coletar assinaturas na Praça Rui Barbosa.
Os organizadores da ação informam que as assinaturas serão utilizadas para ingressar com uma ação popular, com o objetivo de obrigar a Prefeitura de Apucarana a abrir o hospital. “Gastaram R$ 25 milhões e não há justificativa para continuar fechado.
Desses recursos, R$ 5 milhões vieram de emenda do deputado Arilson Chiorato, que também viabilizou uma emenda de R$ 20 milhões, votado por todos os deputados, para custear o funcionamento do hospital. O recurso está previsto no orçamento de 2025, mas, enquanto isso, a unidade segue fechada, enquanto a saúde pública enfrenta atrasos salariais de médicos e falta de medicamentos”, declarou um dos manifestantes.
A insatisfação da população é evidente. Moradores criticam a administração do prefeito Rodolfo Mota, apontando que, enquanto faltam recursos para a saúde, valores expressivos são destinados a outras áreas, como festas e contratação de cargos comissionados. “Não falta dinheiro para festas — mais de R$ 2 milhões foram gastos — nem para ampliar a estrutura política do prefeito. Mas, quando se trata da saúde, vemos a falta de tudo, inclusive médicos com três meses de salários atrasados e a escassez de remédios”, afirmou outro morador.
O movimento surge em um momento de crescente pressão sobre a nova gestão municipal, que, mesmo com apenas um mês no comando, já enfrenta críticas intensas, especialmente em relação à administração da saúde e ao uso de recursos públicos. As comparações com a gestão anterior são inevitáveis, já que integrantes doe ambos grupos políticos estão juntos, e parte da população acredita que pouco mudou em relação às antigas práticas políticas.
Enquanto o movimento pela reabertura do hospital ganha força, a Prefeitura de Apucarana ainda não se manifestou sobre as críticas nem sobre a possibilidade de uma ação popular.