A apucaranense Maria Zilda expressou indignação com a situação da saúde pública em Apucarana, denunciando a precariedade do atendimento hospitalar após acompanhar sua amiga, que enfrenta uma grave condição de saúde.
Segundo Maria Zilda, sua amiga sofre de hemorragia contínua há três semanas. Apesar de tratamentos paliativos que cessam temporariamente o sangramento, o problema persiste. “Ela está com anemia severa e o hemograma mostra níveis críticos de hemoglobina. Chegou a 5,8, melhorando temporariamente com transfusões de sangue, mas essa solução não é definitiva,” relatou Maria Zilda, preocupada com o quadro.
Após realizar ultrassons, foi constatado que sua amiga precisa de uma cirurgia para remover o útero, solução indicada por uma médica. “A doutora explicou que o caso dela exige cirurgia. Mesmo assim, o plantonista do hospital recusou atendê-la. Ele sequer a viu, simplesmente negou o atendimento por telefone,” exclamou Maria Zilda, indignada.
Para Maria Zilda, a situação reflete o despreparo no atendimento de casos graves. “Estamos falando de uma mulher que trabalhou a vida inteira e, agora, está em um quadro crítico. Não é algo para empurrar para depois. Ela precisa de uma solução definitiva,” desabafou.
A moradora também destacou que os cuidados na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) são insuficientes. “O atendimento que ela está recebendo é paliativo, não resolve o problema. A UPA faz o que pode, mas estamos em um ciclo vicioso: ela toma sangue, melhora, e logo volta a ter os mesmos sintomas,” explicou.
Maria Zilda ainda mencionou problemas nos exames, com o sangue da amiga hemolisando durante a coleta, o que impediu resultados precisos. “É uma situação desumana,” criticou.
Finalizando com um apelo, Maria Zilda pede que a amiga receba o atendimento necessário. “Não importa quem está de plantão; ela precisa do cuidado que merece. A situação é urgente e não é aceitável que ela continue sofrendo desse jeito,” concluiu.
O relato de Maria Zilda expõe a insatisfação crescente dos moradores de Apucarana em relação ao sistema de saúde e reforça a necessidade urgente de melhorias no atendimento, especialmente em casos graves.