Saiu nesta segunda-feira (18) o laudo do Instituto Médico Legal (IML) sobre a morte do funcionário da empresa Caramuru, em Apucarana. O delegado adjunto André Garcia, da 17ª (SDP), responsável pelo caso, explicou os detalhes sobre a investigação e os próximos passos do inquérito.
O delegado afirmou:
“Nós estivemos no local, juntamente com a polícia científica e agentes do IML, e naquele momento nós, evidentemente, não conseguíamos identificar a real causa da morte. No entanto, o corpo foi levado ao Instituto Médico Legal, submetido ao exame de necropsia, e o médico legista apontou que a causa da morte trata-se de traumatismo craniano, ou seja, uma morte violenta, que enseja a instauração de inquérito policial.
E agora já colhemos o depoimento das testemunhas que estavam presentes no local e aguardamos uma importante fonte de informação, que é o laudo de local de morte, que é feito pela polícia científica. Estiveram no local duas peritas, a doutora Francine e a doutora Érica, e nós aguardamos a chegada agora desse laudo. Elas passaram um determinado tempo lá no local e acreditamos que esse laudo virá de forma muito pormenorizada e nos auxiliará na conclusão do inquérito policial.
Junto a isso também estaremos analisando as normas técnicas pertinentes que devem ser observadas naquele local de trabalho e, ao final, teremos todo o substrato informativo necessário para a conclusão do inquérito policial. De qualquer forma, o que nos toca agora é que realmente tratou-se de uma morte por causa violenta.
Já no local da morte, nós constatamos que esse funcionário não estava fazendo uso de capacete. No entanto, como eu disse, nós precisamos analisar as normas técnicas para sabermos se naquele ambiente específico era necessária a utilização desse equipamento, mas de fato ele não estava. E se considerarmos que a morte foi decorrente de uma lesão craniana, uma lesão cerebral, em que pese não ter havido a fratura craniana, talvez, se estivesse de capacete, talvez, não é possível determinar isso, mas ele teria sobrevivido.
Como eu disse, aguardamos a chegada agora do laudo de local de morte e, junto a esse laudo, analisaremos as normas técnicas pertinentes. Nós temos um vídeo, inclusive, dentro do inquérito policial, que foi espontaneamente cedido pela empresa, que, a propósito, vem nos auxiliando nas investigações de forma muito espontânea. E nesse vídeo é possível ver que ele estava num plano elevado, mas não era uma altura muito substancial. E a impressão que temos é que ele passa mal. Ele tem ali algum problema, algum mal súbito. E aí sim ele sofre a queda. Mas, de qualquer forma, como eu disse, o médico legista apontou com toda segurança que a causa da morte foi a lesão cerebral.
Por mais que ele tenha passado mal, talvez a queda seja proveniente de um mal-estar, mas a morte foi decorrência dessa pancada na cabeça. Pode ser, porque inclusive no momento da queda ele estava fazendo um trabalho que demanda muito esforço físico, então pode ser que, por conta dessa atividade, ele tenha acabado passando mal ali naquele momento e, a partir desse mal-estar, ele sofreu a queda.
Como eu disse, o que importa para a gente é a causa da morte. Nesse caso, tratou-se de uma lesão cerebral.”
O trabalhador identificado como Jucelino Batista de Jesus, de 45 anos, morreu na última quinta-feira (14) após sofrer a queda dentro do depósito da empresa Caramuru. Ele realizava atividades rotineiras de descarte de material vencido quando ocorreu o acidente. As investigações continuam.
📢 Fique por Dentro das Últimas Notícias!
🔔 Acompanhe o Canal 38 nas redes sociais e receba atualizações em tempo real:
📸 Instagram: @canal38news
📘 Facebook: Canal 38 Apucarana
📘 Grupo no Facebook: Clique aqui
▶️ YouTube: RTV Apucarana
💬 Entre no nosso grupo do WhatsApp e receba as notícias em primeira mão:
👉 Grupo 12 do Canal 38