A administração do prefeito Júnior da Femac, em Apucarana, tem sido alvo de críticas devido à continuidade das nomeações de cargos comissionados e à concessão de aumentos salariais, mesmo diante da escassez de recursos na área da saúde pública da cidade.
Essa prática tem gerado preocupações sobre a alocação de recursos em um momento crucial para o sistema de saúde municipal.
Na quarta-feira (14/02), foi publicada mais uma nomeação, datada de 02 de fevereiro, para o cargo de Assessora Superintendente de Assistência Social na Autarquia Municipal de Assistência Social, com símbolo CC-04. Essa nomeação ocorre em um contexto em que a cidade enfrenta diversos desafios na área da saúde, incluindo superlotação na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), escassez de médicos, medicamentos e cirurgias, além de uma epidemia preocupante de dengue, considerada a maior do Paraná.
A persistência nas contratações e aumentos salariais para cargos de confiança levanta dúvidas sobre as prioridades da administração municipal em um momento em que a saúde pública requer atenção e recursos urgentes. Além disso, certas nomeações entram em conflito com o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público, o que levanta questões sobre a conformidade da gestão com as obrigações legais.
Diante das críticas e denúncias, o prefeito Júnior da Femac parece demonstrar pouco interesse em abordar publicamente as preocupações levantadas pela população e pelas autoridades. A falta de transparência e a continuidade das contratações muita das vezes em detrimento dos concursados agravam a situação e levantam questionamentos sobre a gestão do dinheiro público. Enquanto a comunidade enfrenta escassez de recursos essenciais, como o simples soro para tratamento da dengue, é percebido um investimento significativo em festas e eventos, o que aumenta a indignação da população. Essa discrepância entre a alocação de recursos para festas e a falta de recursos para necessidades básicas evidencia ainda mais a crise na gestão municipal.
A situação financeira preocupante é corroborada pela informação de que houve um saldo de 30 milhões de reais em restos a pagar no ano passado. Esse dado reflete uma gestão financeira problemática, que compromete a capacidade do município de atender às demandas da população de forma eficiente e adequada.
Enquanto isso, a contagem regressiva de 321 dias para o final do mandato do prefeito Júnior da Femac, destacando-o como um dos piores da história do município, reflete a crescente insatisfação e as críticas direcionadas à administração municipal. Desde a primeira denúncia feita pelo Vereador Lucas Leugi sobre o hospital de Apucarana, há 337 dias, e com mais de cinquenta denúncias do Portal 38 News acumuladas desde então, a população aguarda ansiosamente um pronunciamento do prefeito Júnior da Femac, que se mantém em silêncio.
O ditado popular “Quem cala consente” ressoa entre os moradores, que interpretam o silêncio do prefeito como uma forma de consentimento em relação às denúncias de irregularidades envolvendo empresas de sua propriedade e de seus familiares. Essas denúncias têm gerado preocupações sobre a integridade e a transparência da gestão municipal, alimentando ainda mais a desconfiança da população em relação aos seus governantes.