O vereador eleito José Airton Deco de Araújo foi nomeado Diretor Superintendente da Autarquia de Serviços Funerários de Apucarana (ASERFA), símbolo CC-SUB, no dia 7 de outubro, conforme divulgado com exclusividade pelo Portal 38 News.
O servidor público tem a responsabilidade de servir à comunidade, garantindo que seus atos estejam sempre a serviço do bem comum. Quando cargos públicos são utilizados para interesses próprios ou para beneficiar aliados, ocorre uma perigosa inversão da função pública, comprometendo a legitimidade das instituições e a confiança da população.
A situação do prefeito Junior da Femac, que já enfrentava forte rejeição, foi amplamente julgada nas urnas. No entanto, as polêmicas continuam a se agravar e o prefeito parece pouco se importar com a opinião pública..
Nomeações e crise administrativa
Em meio a uma crise financeira que abala Apucarana, com o município acumulando uma dívida superior a R$ 1,3 bilhão e sem a certidão liberatória do Tribunal de Contas do Estado (TCE), as nomeações de cargos comissionados continuam a gerar indignação. Na segunda-feira, 7 de outubro de 2024, três novas nomeações foram realizadas, embora ainda não tenham sido publicadas oficialmente. Entre elas, está a nomeação do vereador eleito José Airton Deco de Araújo, que ocorreu apenas um dia após as eleições, em uma manobra interpretada por críticos como um movimento para preservar salários até o final do mandato do prefeito.
Falta de recursos na saúde pública e insatisfação popular
Além das polêmicas com nomeações, a crise na saúde pública em Apucarana segue crítica. O único hospital da cidade é alvo de constantes queixas, sofrendo com a escassez de médicos e medicamentos, enquanto a superlotação da UPA agrava o cenário. Moradores reclamam da demora em exames e cirurgias eletivas, gerando crescente insatisfação. Esse descontentamento com a gestão da alocação de recursos públicos foi um dos principais fatores para a derrota expressiva do grupo político de Junior da Femac nas últimas eleições.
Implicações legais e pressão crescente
A gestão de Júnior da Femac está também sob forte pressão jurídica. O prefeito enfrenta acusações de não cumprir o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), firmado com o Ministério Público, que exigia a substituição de cargos comissionados por servidores concursados. O Procurador-Geral de Justiça ainda questiona a constitucionalidade dessas nomeações, colocando mais pressão sobre o atual prefeito.
O silêncio do prefeito
Com 61 denúncias já acumuladas, incluindo uma série de problemas administrativos, a gestão de Júnior da Femac se encontra à beira de um colapso. Seu silêncio perante as acusações e a crise generalizada em Apucarana, a apenas 85 dias do fim do seu mandato, tem gerado uma crescente insatisfação popular. A falta de respostas e ações concretas pode definir seu futuro político, consolidando sua imagem como um dos gestores mais controversos da história do município.
O Gabinete da Corrupção: Áudio vazado expõe esquema de propina
Recentemente, um áudio vazado revelou um escândalo de corrupção envolvendo o prefeito de Apucarana e empresas concessionárias de serviços públicos, além de empreiteiras contratadas para obras municipais. O material, gravado no que está sendo apelidado de “Gabinete da Corrupção”, expõe diálogos sobre a arrecadação de propinas destinadas a financiar campanhas eleitorais. Nas gravações, Júnior da Femac menciona empresas do transporte coletivo do município e discute valores ilícitos. A divulgação desse esquema coloca ainda mais pressão sobre o prefeito, que agora enfrenta a possibilidade de uma investigação formal, além da indignação crescente da população.
Com seu candidato derrotado nas eleições, Junior da Femac se vê pressionado a explicar por que falhou em fiscalizar as empresas envolvidas em escândalos. A situação deixa dúvidas quanto ao futuro do prefeito e sua capacidade de lidar com as consequências dos atos cometidos durante sua gestão.
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