O delegado adjunto da 17ª Subdivisão Policial de Apucarana, Dr. André Garcia, falou nesta sexta-feira (11) sobre o caso do atropelamento que resultou na morte de um idoso na noite da última quarta-feira, no Parque Bela Vista, próximo ao antigo IBC.
Segundo o delegado, a vítima, um senhor de 65 anos, estava em uma bicicleta quando foi atingida por um veículo. “Infelizmente, um acidente de trânsito do tipo atropelamento ocorreu ali nas proximidades do IBC. Um senhor de 65 anos, que tudo indica que estava em uma bicicleta, acabou sendo atropelado por um veículo, não suportou a gravidade dos ferimentos e acabou falecendo ali no local”, relatou o delegado.
Naquela mesma noite, equipes da Polícia Civil estavam em operação e estiveram no local do acidente. “Nós estivemos no ponto exato onde o acidente ocorreu, mas o SAMU já havia socorrido a vítima, que, como eu disse, sofreu ferimentos tão graves que, quando chegou ao hospital, já havia morrido”, acrescentou Garcia.
O condutor do veículo não foi encontrado no local pelas equipes policiais. No entanto, conforme explicou o delegado, o próprio motorista ligou para a Polícia Militar e se identificou como o autor do atropelamento. “Ele mesmo telefonou para o 190 dizendo que era o condutor do veículo que atropelou aquele senhor. Disse que não ficou no local porque havia sido hostilizado por pessoas que estavam ali, provavelmente frequentadores de um bar, e já manifestou que se apresentaria aqui na delegacia”, afirmou.
Ainda de acordo com o delegado, a apresentação espontânea aconteceu nesta sexta-feira (11). “Ele esteve aqui com seu advogado, apresentou o veículo, que foi apreendido e será submetido a exame pericial. Ele também foi interrogado. Nos contou que voltava do trabalho, estava indo para casa, quando observou que seu carro se chocou com uma bicicleta. Disse que foi tudo muito rápido, estava escuro, e quando parou o veículo viu uma pessoa caída”, explicou.
O homem teria tentado prestar socorro, mas foi impedido por populares. “Ele nos disse que voltou para prestar socorro, mas as pessoas ali presentes começaram a hostilizá-lo, ameaçá-lo, e ele, inclusive, relatou ter algumas moléstias, o que o fez optar por sair do local, já que o socorro já havia sido acionado”, completou.
Segundo o delegado, o homem apresentou um vídeo como prova de que realmente parou no local e tentou ajudar. “Ele nos apresentou um arquivo de vídeo que comprova que não fugiu do local. Ele parou para prestar socorro, mas, de forma bastante açodada, algumas pessoas partiram para cima dele e ele se viu sem opção a não ser deixar o local.”
Apesar da apresentação espontânea, o motorista irá responder por homicídio culposo na direção de veículo automotor, conforme o artigo 302 do Código de Trânsito Brasileiro. “Vamos ouvir outras testemunhas e agora aguardaremos os laudos de necropsia e o laudo toxicológico da vítima. Acredito que em cerca de 20 a 30 dias vamos concluir esse inquérito policial”, finalizou o delegado.