A noite de sexta-feira (29) terminou em grande tensão no Jardim Trabalhista, em Apucarana. A Polícia Militar foi acionada para atender inicialmente uma situação de perturbação de sossego em um bar, localizado na Avenida Santa Catarina, mas ao chegar ao local encontrou uma mulher desesperada pedindo socorro na rua.

A vítima, relatou aos policiais que seu convivente, estaria prestes a colocar fogo na residência do casal. Os policiais foram até o imóvel e fizeram contato com o suspeito, que se encontrava em visível estado de embriaguez, muito alterado e afirmando repetidamente que a casa era dele e que realmente iria incendiá-la.

Diante das declarações, os policiais deram voz de prisão ao homem, que não obedeceu e passou a resistir ativamente. Técnicas de controle foram utilizadas, mas sem sucesso. A equipe então precisou empregar a arma eletroeletrônica de incapacitação neuromuscular, efetuando três disparos até que a resistência cessasse e fosse possível realizar o algemamento, conforme prevê a súmula vinculante nº 11 do STF.

Dentro da residência, a equipe constatou um cenário preocupante: forte odor de gasolina, um galão quase vazio na cozinha e algumas peças de roupa encharcadas com o combustível, evidências que foram recolhidas e encaminhadas à delegacia.

A vítima explicou que tudo começou horas antes, durante uma confraternização com amigos. Seus filhos não queriam comer naquele momento, e acusado teria dito que, se não comessem ali, não comeriam depois. A partir disso, iniciou-se uma discussão com um dos amigos presentes. Temendo o comportamento agressivo do companheiro, a mulher decidiu ir embora com colegas, o que teria motivado novas ameaças. O homem teria dito que, caso ela não retornasse com ele, atearia fogo na casa — e realmente foi encontrado do lado de fora do imóvel com um isqueiro em mãos.

Após a contenção, o homem foi levado à UPA para a retirada dos dardos e, em seguida, encaminhado à 17ª Subdivisão Policial, onde ficou à disposição da autoridade competente. Os filhos do casal foram deixados aos cuidados da avó materna.

A Polícia Militar registrou o caso como ameaça contra mulher em contexto de violência doméstica, e o material apreendido reforça a gravidade da situação.

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