Contratações e aumentos salariais levantam preocupações sobre alocação de recursos em momento crítico.
A gestão do prefeito Júnior da Femac, em Apucarana, tem sido alvo de críticas devido à continuidade das nomeações de cargos comissionados e aplicação de aumentos salariais, mesmo em meio à escassez de recursos na saúde pública da cidade. Essa prática tem gerado preocupações sobre a alocação de recursos em um momento crucial para o sistema de saúde municipal.
Recentemente, a publicação de mais uma nomeação, datada em 23 de janeiro e retroativa a partir de 16 de janeiro de 2024, para o cargo de Diretor de Obras junto à Autarquia Municipal de Saúde, chamou a atenção da comunidade. Essa nomeação ocorre em um contexto em que a cidade enfrenta diversos desafios na área da saúde, incluindo a superlotação na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), a falta de médicos, remédios e cirurgias, além de uma preocupante epidemia de dengue, considerada a maior do Paraná e do Brasil proporcionalmente.
A persistência nas contratações e aumentos salariais para cargos de confiança levanta dúvidas sobre as prioridades da administração municipal em um momento em que a saúde pública requer atenção e recursos urgentes. Além disso, essas ações parecem entrar em conflito com o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público, o que levanta questões sobre a conformidade da gestão com as obrigações legais.
Diante das críticas e denúncias, o prefeito Júnior da Femac parece demonstrar pouco interesse em abordar publicamente as preocupações levantadas pela população e pelas autoridades. A falta de transparência e a continuidade das contratações em detrimento dos concursados agravam a situação e levantam questionamentos sobre a gestão do dinheiro público. Enquanto a comunidade enfrenta escassez de recursos essenciais, como o simples soro para tratamento da Dengue, é percebido um investimento significativo em festas e eventos, o que aumenta a indignação da população. Essa discrepância entre a alocação de recursos para eventos e a falta de recursos para necessidades básicas evidencia ainda mais a crise na gestão municipal.
A situação financeira preocupante é corroborada pela informação de que houve um saldo de 30 milhões de reais em restos a pagar no ano passado. Esse dado reflete uma gestão financeira problemática, que compromete a capacidade do município de atender às demandas da população de forma eficiente e adequada.
Enquanto isso, a contagem regressiva de 327 dias para o final do mandato do prefeito Sebastião, destacando-o como o pior da história do município, reflete a crescente insatisfação e as críticas direcionadas à administração municipal. Desde a primeira denúncia feita pelo Vereador Lucas Leugi sobre o hospital de Apucarana, há 331 dias, e com mais de cinquenta denúncias do Portal 38 News acumuladas desde então, a população aguarda ansiosamente um pronunciamento do prefeito Júnior da Femac, que se mantém em silêncio.
O ditado popular “Quem cala consente “ressoa entre os moradores, que interpretam o silêncio do prefeito como uma forma de consentimento em relação às denúncias de irregularidades envolvendo empresas ligadas a ele e a seus familiares. Essas denúncias têm gerado preocupações sobre a integridade e a transparência da gestão municipal, alimentando ainda mais a desconfiança da população em relação aos seus governantes.