Imagem por: Caio Andrade/Canal 38

A manhã desta terça-feira foi marcada por emoção, integração e reafirmação de compromisso no enfrentamento à violência contra meninas e mulheres em Arapongas.

Na Delegacia da Mulher, autoridades civis e militares celebraram os seis anos de funcionamento da unidade especializada e realizaram a abertura oficial da campanha internacional 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher.

Durante o evento, representantes das forças de segurança destacaram a importância do trabalho conjunto e do atendimento humanizado às vítimas, reforçando que a proteção às mulheres é prioridade no município.

Capitã Kelly: “A mulher não pode esperar o pior. Precisa procurar ajuda imediatamente”

A Capitã Kelly, da Polícia Militar, ressaltou o papel fundamental da Patrulha Maria da Penha em Arapongas, que atua diretamente no acompanhamento das mulheres que já sofreram algum tipo de violência.

Segundo ela,
“A gente tem a Patrulha Maria da Penha, que dá atendimento a todas as mulheres que passaram por alguma situação de violência. Os agentes fazem visitas, verificam se ela precisa de apoio, oferecendo toda ajuda possível. Esse trabalho conjunto entre Polícia Civil, Polícia Militar e Guarda Municipal é essencial para atender da melhor forma essa mulher.”

A capitã reforçou ainda que muitas mulheres não reconhecem os sinais de violência.
“Os 16 dias de ativismo servem para orientar sobre os tipos de violência. Não é só a violência física – existe a moral, psicológica, patrimonial e sexual. Quando a mulher entender que é vítima, deve procurar imediatamente a polícia militar, a guarda municipal ou a polícia civil. Estamos preparados, junto com toda a rede de apoio, para oferecer suporte.”

Delegada Camilla Costa: “A Delegacia da Mulher mudou a vida das mulheres araponguenses”

A delegada da mulher, Dra. Camilla Costa, celebrou os seis anos de atuação da unidade e destacou o impacto positivo que a delegacia trouxe ao município.

Em suas palavras,
“A gente sabe que os números de violência contra a mulher são muito grandes e exigem atuação especializada. Este é um espaço reservado para que a vítima se sinta segura ao relatar o que está passando. Ficamos felizes por, nesses seis anos, ter mudado a vida das mulheres araponguenses.”

Para Camilla, a integração entre as instituições é um diferencial de Arapongas.
“Não se faz segurança pública sozinha. A Delegacia da Mulher conta com o apoio da Patrulha Maria da Penha, que funciona aqui dentro, além da Guarda Municipal e da Polícia Militar. Essa união fortalece a proteção às mulheres.”

Ela ainda fez um alerta:
“A violência não é só física. A psicológica, moral e patrimonial também gritam aqui na nossa delegacia. A mulher não precisa esperar uma agressão grave para procurar ajuda. Estamos prontos para atendê-la no primeiro sinal de violência.”

GM Michele: “Serão 16 dias com 16 ações em toda a cidade”

A coordenadora da Patrulha Maria da Penha da Guarda Municipal, GM Michele, explicou que a campanha dos 16 dias de ativismo acontece simultaneamente em todo o mundo, e que Arapongas vem se destacando pela mobilização completa das forças de segurança e instituições parceiras.

Ela destacou:
“Essa campanha é global. Em Arapongas teremos 16 dias com 16 ações, como campanhas de rua, conscientização, blitz educativas, palestras e rodas de conversa. O combate à violência doméstica é prioridade.”

Michele ainda agradeceu o apoio das instituições locais:
“A integração aqui é muito forte. Polícia Militar, Polícia Civil e Guarda Municipal trabalham juntas, além da Câmara de Vereadores, Procuradoria da Mulher, Secretarias Municipais, a nova Secretaria de Políticas Públicas para Mulher e a OAB. Várias entidades abraçam a causa e fazem toda a diferença.”

Paulo Argati: “Hoje é um dia histórico para Arapongas”

O secretário de segurança, Paulo Argati, destacou a importância da data e relembrou o início da Delegacia da Mulher no município, ressaltando o esforço coletivo para que a unidade se tornasse realidade.

Segundo Argati,
“Hoje é um dia histórico para a segurança pública e, principalmente, para as mulheres araponguenses. A delegacia completa seis anos e abrimos aqui os 16 dias de ativismo. Acompanhamos desde o início, num momento de muita dificuldade, e conseguimos implantar a delegacia graças ao esforço conjunto e ao apoio político da época.”

Ele fez questão de reconhecer as autoridades envolvidas:
“Temos que exaltar o ex-prefeito Sérgio Novo e a doutora Thaís, que estavam na linha de frente quando tudo começou. Hoje, com a delegada Camilla à frente e com o trabalho integrado entre Polícia Civil, Polícia Militar e Guarda Municipal, somos referência na região.”

Argati também reforçou os números do atendimento:
“Hoje a delegacia realiza, em média, 200 atendimentos por mês. Antes, não sabíamos para onde iam essas ocorrências, porque não havia delegacia especializada. Agora, com o trabalho conjunto, a proteção às mulheres acontece de forma muito mais efetiva.”

Compromisso reafirmado

O evento marcou não apenas a celebração da história da Delegacia da Mulher em Arapongas, mas também um novo ciclo de conscientização e combate à violência.

Com ações integradas e uma rede de apoio consolidada, as forças de segurança reforçam que a luta pela proteção das mulheres é permanente — e que cada denúncia pode salvar uma vida.

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