Uma mulher de Apucarana, Paraná, viveu momentos de tensão ao ser picada por uma cobra jararaca no próprio quintal. Após o incidente, ela foi levada com urgência para o Hospital da Providência, para receber o soro antiofídico, tratamento essencial para picadas de cobras peçonhentas.

Graças ao atendimento rápido, ela conseguiu receber o soro, mas o caso gerou alertas sobre o preparo para lidar com situações desse tipo.

Fernando Felippe, conhecido biólogo e repórter selvagem do Canal 38, foi chamado para ajudar na identificação do animal. Ele compartilhou sua análise sobre o ocorrido e orientou a população a lidar com essas emergências de forma adequada.

“A pessoa me contou que foi picada por volta das 9h do dia anterior, e até a manhã desta quarta-feira (06), ainda não haviam identificado o animal. Quando me mandaram a foto, eu identifiquei de imediato como uma jararaca, que é uma cobra peçonhenta e de risco médico. Esse animal precisa de atenção, pois o veneno é proteolítico — ataca os tecidos e pode causar sequelas, como a perda de movimento ou até de um membro, dependendo da gravidade do caso”, explicou Felippe, destacando os riscos do veneno.

O biólogo também ressaltou a importância de uma rede de comunicação ágil entre hospitais e especialistas para lidar com casos de acidentes com animais peçonhentos. Ele se ofereceu para ajudar na identificação de animais de maneira gratuita. “O pessoal do Hospital da Providência pode me contatar sem problema nenhum. Não cobro para identificar. O bombeiro, polícia ambiental, bombeiro civil, todos os órgãos entram em contato comigo quase diariamente para identificar animais. O hospital poderia fazer uma parceria com biólogos para evitar esse tipo de transtorno,” sugeriu.

Além disso, ele mencionou que a comunicação sobre a disponibilidade de soro antiofídico precisa ser mais eficiente. “Falaram que o soro só tinha em São Paulo, mas entrei em contato com o pessoal da endemia de Apucarana, que garantiu que havia soro aqui. Isso pareceu uma falha de comunicação, mas, felizmente, a situação foi resolvida,” explicou o biólogo.

Felippe também fez um alerta à população sobre a importância de cuidados imediatos e de não tentar medidas caseiras. “Ao ser picado por qualquer tipo de animal peçonhento, não tentem pegar o animal. Tirem uma foto, como foi feito aqui, para que possamos identificar. Não usem nada caseiro, não façam torniquete, e não suguem o local. Apenas retirem relógios e pulseiras, que podem piorar o inchaço, e vão direto ao hospital.”

Ele ainda reforçou que as serpentes, como a jararaca, geralmente não atacam humanos intencionalmente. “As cobras só se defendem. Com certeza, essa pessoa nem viu a cobra e provavelmente pisou nela sem querer. Se você a vê primeiro, não corre risco, porque elas não vêm atrás,” disse ele, ressaltando que está sempre disponível para identificar animais e orientar a população.

A mulher está em observação, e a equipe médica espera que, com o tratamento imediato, ela possa se recuperar sem maiores complicações.

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