A denúncia de maus-tratos contra uma criança autista de 4 anos em uma escola particular em Araucária, ganhou novos desdobramentos. Após a repercussão do caso em que o menino foi encontrado amarrado pelos pulsos e pela cintura com tiras de tecido, surgiram novas imagens que indicam que o episódio pode ter se repetido em outros dias.
Em vídeos enviados à polícia, a criança aparece com roupas diferentes, o que sugere que foi amarrada em mais de uma ocasião. As gravações chegaram à família por meio de denúncias feitas após a divulgação do primeiro caso.
O menino foi encontrado sozinho em uma sala por membros do Conselho Tutelar. A professora responsável confessou que o amarrou, alegando que ele estava agitado e que tentava conter a situação para evitar que outras crianças também ficassem agitadas. A docente foi presa em flagrante por maus-tratos.
A professora foi levada à delegacia e, durante o depoimento, optou por permanecer em silêncio. Na tarde desta terça-feira (8), o Ministério Público pediu a conversão da prisão em flagrante para prisão preventiva. O órgão argumenta que a medida é necessária para proteger a ordem pública e garantir a segurança das demais crianças que ainda estão sob os cuidados da profissional.
O caso segue sendo investigado, e o conteúdo dos novos vídeos está sob análise das autoridades. A situação gerou revolta e mobilização nas redes sociais, levantando debates sobre a capacitação de profissionais da educação para lidar com crianças com transtorno do espectro autista.