Os números oficiais da dengue em Apucarana continuam a crescer. Segundo os dados mais recentes do ano epidemiológico de 2025, o município já registra 109 diagnósticos confirmados da doença. No entanto, a realidade pode ser ainda mais grave, pois há relatos de subnotificação e um grande número de pessoas com sintomas, incluindo casos graves.
A situação da dengue na cidade é uma tragédia anunciada. Apesar do discurso de Rodolfo Mota durante a campanha eleitoral, as ações da administração municipal continuam na retórica. Terrenos tomados pelo matagal, inclusive áreas públicas, se tornam criadouros do mosquito Aedes aegypti, aumentando os riscos para a população.
Além do descaso com a prevenção, o atendimento à população também é motivo de preocupação. Os postos de saúde permanecem fechados à noite e nos finais de semana, enquanto as Unidades Básicas de Saúde (UBS) passaram a adotar um sistema de triagem que dificulta o acesso imediato ao atendimento. A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) está superlotada, com poucos médicos e em colapso – um cenário que levanta questionamentos sobre a gestão da saúde pública no município e que prejudica tanto servidores quanto pacientes.
Há denúncias de atrasos nos atendimentos e relatos de mortes que poderiam ter sido evitadas com medidas mais eficazes e uma resposta mais ágil do poder público. A população clama por ações concretas para conter a epidemia e garantir atendimento digno aos doentes. O serviço público existe para atender a população, e não para servir aos interesses de seus gestores.