Durante a Operação Conectividade III, realizada nesta quarta-feira (17) em Apucarana, o delegado operacional da Polícia Civil, Dr. Ricardo Monteiro de Toledo, falou sobre os objetivos e a importância da ação integrada coordenada pela Secretaria de Segurança Pública do Paraná (SESP), que ocorre simultaneamente em todo o estado.
Segundo o delegado, a operação tem como foco principal identificar e coibir a receptação de fios de cobre, crime que vem causando sérios transtornos à população.
“No âmbito de uma operação conjunta em todo o estado do Paraná, coordenada pela Secretaria de Segurança Pública, o objetivo é justamente identificar e coibir a receptação de fios de cobre. Esse é um problema que assola não só a cidade de Apucarana, mas todo o estado”, afirmou.
Dr. Ricardo destacou que, embora o crime de furto tenha historicamente uma pena considerada branda, houve mudança recente na legislação, aumentando a punição para esse tipo de delito. Ainda assim, ele ressaltou que o maior impacto desses crimes está nos prejuízos causados à sociedade.
“O problema maior desse tipo de crime é o transtorno que ele causa à sociedade. São serviços essenciais que acabam sendo afetados em razão desses furtos”, explicou.
O delegado também apontou que, na maioria dos casos, os furtos são praticados por usuários de drogas, mas enfatizou que o crime só acontece porque existe quem compre o material furtado.
“Normalmente são indivíduos usuários de droga que acabam cometendo esses delitos, mas eles só cometem porque existe o receptador. O foco não é apenas quem furta o fio, mas principalmente quem compra, quem adquire esse material para revender depois”, destacou.
Como exemplo dos impactos causados por esse tipo de crime, o delegado citou um caso recente registrado em Apucarana.
“Tivemos, há alguns meses, uma situação em que o SAMU ficou sem comunicação por mais de três dias. Isso gera um risco iminente à vida da população. A Polícia Militar e a Polícia Civil também já tiveram seus sistemas de comunicação afetados em razão desses furtos”, relatou.
De acordo com Dr. Ricardo Monteiro de Toledo, a operação teve caráter preventivo, fiscalizatório e educativo, com visitas a estabelecimentos que comercializam materiais recicláveis e afins.
“O trabalho de hoje foi também pedagógico, conversando com os proprietários desses estabelecimentos, levando ao conhecimento deles essa nova legislação, que ampliou a pena para esse tipo de crime, que hoje pode chegar a até oito anos de reclusão”, explicou.
Durante a operação, em um dos pontos fiscalizados, foi localizada uma quantidade de fios, e um indivíduo foi encaminhado à delegacia.
“Esse indivíduo foi trazido à delegacia, ouvido pelo delegado plantonista, que instaurou um procedimento por portaria para apurar se esse material é ou não produto de crime”, disse.
O delegado ainda revelou que o homem conduzido já é conhecido das forças de segurança.
“Esse indivíduo já é um velho conhecido das equipes policiais, com passagens anteriores por receptação qualificada, lavagem de dinheiro e associação criminosa relacionadas à receptação de fios roubados”, concluiu.
A Operação Conectividade III segue como parte das ações integradas das forças de segurança para combater crimes que afetam serviços essenciais e aumentar a sensação de segurança da população paranaense.
