O delegado-chefe da 17ª Subdivisão Policial (SDP) de Apucarana, Dr. Marcus Felipe da Rocha Rodrigues, falou na segunda-feira (15) sobre o homicídio registrado na madrugada de sábado para domingo (14 de dezembro), em uma boate na Avenida Governador Roberto da Silveira, na região do Parque Industrial Zona Oeste de Apucarana.
Segundo ele, a Polícia Civil trata o caso, neste momento, como uma execução, e diversas frentes de investigação estão em andamento.
De acordo com o delegado, a Polícia Civil foi acionada logo após o crime e, ainda durante a madrugada, equipes da Polícia Científica e do Instituto Médico-Legal (IML) estiveram no local.
“A Polícia Civil foi acionada na madrugada de sábado para domingo, dia 14 de dezembro. No local, nós acionamos também a Polícia Científica e o Instituto Médico-Legal, onde já se iniciaram as primeiras perícias, os levantamentos técnicos, exames de necropsia e perinecroscopia, tudo isso para instruir o inquérito policial”, explicou.
A vítima foi identificada como Dominique Renan Borges da Silva, de 27 anos, já no local dos fatos. Conforme o exame preliminar, ele teria sido atingido por disparo de arma de fogo.
“No exame inicial, verificamos que a vítima teria sido alvo de disparo de arma de fogo. Inclusive, foi encontrada munição no local, que também será objeto de análise pericial. Agora, precisamos aguardar os laudos técnicos para confirmar todos esses dados”, afirmou o delegado.
Dr. Marcus Felipe destacou que as equipes do setor de homicídios seguem realizando diligências, especialmente na busca por imagens de câmeras de segurança, que possam auxiliar na identificação dos autores.
“Já ouvimos pessoas no local, funcionários da casa, algumas imagens foram captadas, o inquérito policial foi instaurado e será designado um delegado para conduzir essas investigações até identificar e responsabilizar o autor ou autores do crime”, disse.
Sobre a possibilidade de o homicídio estar relacionado a uma briga ocorrida dentro da boate, o delegado foi enfático ao descartar essa hipótese neste momento.
“É possível que tenha ocorrido algum tumulto, mas isso não envolveria a vítima. A nossa linha de investigação parte do princípio de que o Dominique foi executado. Pessoas de fora teriam ido até o local, possivelmente para monitorá-lo e realizar a execução. Não há, inicialmente, relação com confusão dentro da boate”, explicou.
Durante a entrevista, o delegado também comentou sobre uma possível ligação do crime com o desaparecimento de Cíntia, ocorrido em maio, já que ambos os casos envolvem o mesmo local.
“O Dominique estava nessa boate no dia 25 de maio e era uma das pessoas envolvidas no inquérito do desaparecimento da Cíntia. Nós não descartamos essa possibilidade. Somente com o aprofundamento das investigações poderemos afirmar se há ou não relação entre os casos”, ressaltou.
Em relação ao veículo supostamente utilizado no crime, um Fiat Uno, Dr. Marcus Felipe afirmou que a informação ainda não está confirmada.
“Existem elementos informativos indicando um Fiat Uno, mas não podemos afirmar com absoluta certeza. O local estava cheio, muitas pessoas saindo da boate, o que dificulta a coleta de depoimentos. Outros veículos também estão sendo analisados”, explicou.
O delegado também esclareceu que a vítima não possuía histórico criminal que justificasse a violência sofrida.
“Ele tinha algumas passagens, como violência doméstica, mas nada grave e absolutamente nada que justificasse uma execução dessa forma”, afirmou.
Quanto à arma utilizada, o delegado informou que, preliminarmente, trata-se de um calibre .22, mas reforçou que a confirmação depende dos laudos periciais.
“O calibre identificado inicialmente é .22, mas isso ainda será confirmado oficialmente pelos exames. Com o avanço das investigações, vamos representar por medidas para tentar localizar a arma do crime”, concluiu.
Por fim, Dr. Marcus Felipe pediu o apoio da população.
“Qualquer informação pode ser fundamental. Pedimos que quem tiver notícias procure a Polícia Civil ou utilize os canais de denúncia para colaborar com a elucidação desse crime”, finalizou.
DENÚNCIA
Polícia Civil – (43) 3420-6700
Emergência: 190
App 190PR: https://play.google.com/store/apps/details?id=br.gov.pr.celepar.sesp.emgpr
WhatsApp para denúncias: (43) 3426-3134
