Partidos políticos em Apucarana devem ingressar na Justiça Eleitoral com provas contundentes de candidaturas “laranjas” que podem mudar o cenário político da cidade. Segundo uma reportagem em andamento do Canal 38, há evidências claras de que pelo menos cinco candidatas “fictícias” de diversos partidos, alguns aliados ao prefeito Junior da Femac, estão envolvidas em irregularidades.

As investigações revelam que essas candidatas não realizaram campanhas efetivas, tendo recebido menos de vinte votos, sendo que duas delas obtiveram apenas um voto, que nem foi o delas. Há ainda uma quinta candidata que obteve um número um pouco maior de votos, mas, durante o período eleitoral, estava viajando fora do estado, e sequer abriu a conta eleitoral. Caso as denúncias sejam aceitas pela Justiça, poderão ocorrer mudanças significativas nas cadeiras dos vereadores eleitos no município.

Acusações e Comprovações

A principal acusação é que as candidaturas foram registradas apenas para cumprir a cota de gênero exigida pela legislação eleitoral. As candidatas não realizaram qualquer tipo de campanha, não investiram em materiais de propaganda, e não promoveram suas candidaturas nas redes sociais. Seus veículos não foram plotados, não houve distribuição de santinhos, e nem seus parentes votaram nelas. Além disso, tampouco houve prestação de contas, pois não houve gastos e muito menos movimentação bancaria. Em dois casos contundentes, duas candidatas receberam apenas um voto, que, segundo a reportagem, nem teria sido computado em suas próprias seções eleitorais, enquanto outras duas obtiveram menos de vinte votos.

Adicionalmente, essas candidatas não registraram gastos de campanha e algumas continuaram com suas atividades remuneradas durante o período eleitoral, o que é proibido pela legislação e, se comprovado, pode resultar na devolução dos valores recebidos.

Impacto e Possíveis Consequências

Se as acusações forem confirmadas, haverá uma revisão das cadeiras de diversos vereadores, provocando uma verdadeira “dança das cadeiras” no Legislativo de Apucarana. Essa ação judicial pode alterar a composição da Câmara Municipal, impactando diretamente a base de apoio ao prefeito Junior da Femac.

Os partidos que levantaram as denúncias estão confiantes de que a Justiça Eleitoral considerará as evidências e que as mudanças no Legislativo serão inevitáveis. A Justiça Eleitoral, antes mesmo do início das campanhas, já havia alertado que não aceitaria candidaturas laranjas e que seria implacável.