Imagem por: Roberto Dziura Jr/AEN

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), tem intensificado ações que promovem a autonomia, a prevenção de doenças e o bem-estar das idosas. Uma dessas ações é a campanha Paraná Rosa, iniciada em outubro e que neste ano se prolonga até o fim do ano.

No Paraná, elas vivem mais, em média 82,6 anos, enquanto os homens têm expectativa de 75,8 anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Viver mais é uma conquista, mas também um convite ao cuidado. O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), tem intensificado ações que promovem a autonomia, a prevenção de doenças e o bem-estar das idosas.

Uma dessas ações é a campanha Paraná Rosa, iniciada em outubro e que neste ano se prolonga até o fim do ano, voltada não só à prevenção do câncer, mas um convite à reflexão sobre a saúde integral da mulher em todas as fases da vida.

A longevidade feminina traz vulnerabilidades específicas. Mulheres idosas apresentam mais prevalência de condições crônicas, como osteoporose, hipertensão, diabetes e depressão. Também estão mais suscetíveis à fragilidade física, dependência funcional e aos riscos associados à polifarmácia (uso simultâneo de cinco ou mais medicamentos).

Elas também enfrentam demandas específicas relacionadas à saúde mental como solidão, ansiedade e luto e requerem cuidados integrais voltados à sexualidade, incontinência urinária, nutrição e saúde óssea.

“O aumento da expectativa de vida das mulheres paranaenses é motivo de orgulho, mas também um chamado à responsabilidade. Nosso papel é transformar esses anos a mais em qualidade de vida e cuidado” ressaltou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

A Linha de Cuidado à Pessoa Idosa da Sesa, que desenvolve o projeto “Envelhecer com Saúde no Paraná”, visa a atenção integral à mulher idosa com foco na prevenção de doenças, identificação precoce de fragilidades e manejo das condições de saúde. A estratégia utiliza a Caderneta de Saúde como ferramenta para avaliação e planejamento de atendimentos personalizados.

Ana Tereza Silva, de 78 anos, residente em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, faz parte deste perfil. Ela se recupera de um câncer de mama, contra o qual lutou por quase dois anos. Mas além disso, tem acompanhamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para outros fatores tais como pressão alta.

“Fui diagnosticada com câncer. Fiz o tratamento e agora me recupero. Mas além disso, ainda recebi tratamento para outras doenças. Preciso de um acompanhamento contínuo e recebi, pelo SUS”, explica.

ATENDIMENTO CAPACITADO – A violência contra a mulher idosa ainda é uma realidade silenciosa. Ela se manifesta de várias formas: física, psicológica, patrimonial e também nas sutilezas do idadismo, quando o direito à decisão e à liberdade é negado. Para romper esse ciclo, a Secretaria de Saúde tem investido na capacitação de profissionais, no fortalecimento da escuta humanizada e na notificação dos casos de violência.

De acordo com a chefe da Divisão de Atenção à Saúde da Pessoa Idosa Sesa, Giseli da Rocha, reconhecer essas mulheres é parte do compromisso com a saúde integral e o respeito à trajetória de quem já cuidou de tantos. “Alimentação equilibrada, atividade física, vínculos sociais e consultas regulares são pilares fundamentais para manter a autonomia e evitar a dependência, especialmente, as mulheres acima dos 75 anos”, explicou.

VACINAÇÃO – No Paraná, a vacinação é uma das principais estratégias para garantir qualidade de vida e longevidade saudável. As vacinas contra gripe, pneumonia, covid-19, hepatite e tétano são fundamentais para preservar a vitalidade, fortalecer o sistema imunológico e prevenir complicações que podem comprometer a autonomia das pessoas idosas.

Além das campanhas sazonais de imunização, o Estado mantém ações permanentes nas unidades de saúde. A meta é ampliar a cobertura vacinal e reduzir os riscos de hospitalizações e agravos relacionados a doenças evitáveis.

A cobertura estadual das mulheres acima de 60 anos é 56,53% para a dose anual para influenza e 68,11% de cobertura da covid-19 para reforço (a cada 6 meses).

SEXUALIDADE – Com o aumento da expectativa de vida e o surgimento de novos relacionamentos afetivos, cresce também a importância de discutir o sexo seguro no envelhecimento. O uso de preservativos e a realização de testes rápidos são medidas indispensáveis para a prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como HIV, sífilis. Todos os testes estão disponíveis no SUS.

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