Nos últimos meses, o Centro POP de Apucarana tem sido alvo de críticas por parte da população e de pessoas em situação de vulnerabilidade. O repórter Jonatam Battista, do Canal 38, destacou em recente reportagem a insatisfação crescente dos moradores, que se sentem inseguros diante da falta de atenção e assistência adequada por parte da atual gestão municipal.

Já não é a primeira vez que esse local é motivo de insatisfação da população apucaranense. Os moradores se sentem coagidos todos os dias, sem nenhuma segurança, enquanto as pessoas em situação de vulnerabilidade ficam cada vez mais desamparadas, sem o devido apoio da gestão atual e das pessoas responsáveis por esse setor.

A situação também é evidenciada pelos depoimentos dos próprios usuários do serviço. Uma moradora de rua, revelou a precariedade do atendimento no Centro POP após o dia 31 de agosto. “Eu estou em Apucarana há quase dois meses. Aqui no Centro POP tem café da manhã e almoço, mas janta não tem mais. Até o dia 31 de agosto tinha acolhimento, jantar, banho da noite e pernoite, mas depois dessa data cortaram a janta”, desabafou.

A mulher também mencionou a falta de apoio para pessoas com problemas de saúde mental. “Tenho problemas de saúde mental sérios e não estou recebendo ajuda. Tentei suicídio há três meses por causa da depressão e continuo pedindo socorro, mas ninguém me escuta”, afirmou.

A falta de estrutura para atender às necessidades básicas, como higiene pessoal e alimentação, tem gerado revolta. Segundo a moradora, a situação é de total descaso, onde a verdadeira função de um assistente social – que deveria oferecer atendimento e encaminhamento para políticas públicas – não está sendo cumprida na prática.

As reclamações também ecoam entre a população geral, que expressa a incerteza e a insegurança de viver em uma cidade onde pessoas em situação de rua parecem estar “à mercê” da própria sorte, perambulando sem amparo pelas ruas.

Após a crescente onda de desabafos e protestos, espera-se que a atual gestão municipal de Apucarana tome providências para melhorar o atendimento no Centro POP e olhe com mais atenção para as pessoas em vulnerabilidade social, que clamam por dignidade e segurança.